As informações sobre o número de mortos foram revisadas pelas autoridades egípcias que, anteriormente, anunciavam que 19 pessoas haviam morrido.
As equipes de resgate confirmam que, dentre os mortos, estão nove cidadãos de Hong Kong, quatro japoneses, três britânicos e dois franceses. Os feridos são um turista húngaro e os dois funcionários egípcios que conduziam o balão.
A queda aconteceu após a explosão do cilindro de gás que fazia funcionar o maçarico que mantém o balão no ar. Após a explosão, o veículo caiu de uma altura de 300 metros em um canavial. A maioria dos mortos foi atingida pelas chamas, enquanto outros pularam do balão, assim como os três sobreviventes.
O responsável pela agência de turismo Kuoni, que levou os cidadãos de Hong Kong ao Egito, Raymond Ng Do-Wing, disse que os parentes dos turistas planejam viajar ao Cairo ainda nesta terça junto com funcionários da empresa.
A porta-voz do governo egípcio, Alaa Hadidi, disse que será formado um comitê do Ministério de Aviação Civil para investigar o acidente.
O Ministério do Turismo lamentou o incidente e também criou um departamento para apurar as causas da explosão. A pasta também disse que entrou em contato com as embaixadas dos países das vítimas do acidente.
PIOR EXPLOSÃO
O governo egípcio considerou este como o pior acidente da história do serviço de balões para turistas, que percorrem as áreas de Luxor e Karnak, assim como o Vale dos Reis, uma das áreas turísticas mais importantes do país.
Os passeios de balão foram autorizados pelo governo em 1989 e, desde então, alguns acidentes ocorreram, mas sem mortos. Em 2009, um balão bateu em uma antena de telefonia celular e deixou 16 feridos. No ano anterior, outros oito turistas ficaram feridos em situação similar.
O acidente aumenta o temor de piora no cenário turístico do país, profundamente afetado pela instabilidade política e a revolta popular causada que causou a queda do ditador Hosni Mubarak, em 2011. A diminuição do turismo agravou a crise financeira e é um problema para o presidente Mohamed Mursi.
A cidade de Luxor é um dos poucos lugares que ainda atrai turistas no Egito, devido à relutância em visitar o Cairo, afetado pela crise política, e a Península do Sinai, que ficou instável após a queda de Mubarak.
Fonte: FOLHA.COM | AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS