Até 16 de fevereiro, 204,7 mil casos foram identificados, frente a 70,5 mil casos registrados no mesmo período de 2012, segundo balanço divulgado nesta segunda-feira pelo Ministério da Saúde.
Oito Estados concentram quase 85% dos casos, puxados pelo Mato Grosso do Sul, com 42 mil registros. O risco da dengue nesse Estado é quase 15 vezes maior que o índice nacional. Os dados indicam a ocorrência de epidemia em Mato Grosso do Sul e outros quatro Estados –Tocantins, Mato Grosso, Acre e Goiás.
O secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Jarbas Barbosa, vê duas razões que explicam o aumento no número de casos: 1) A chegada do subtipo 4 do vírus da dengue a locais onde ele não tinha forte circulação e, assim, encontrou agora a população vulnerável a ele; e 2) Uma alta infestação de mosquitos, que sustenta a transmissão da doença.
Segundo Barbosa, Estados e municípios não devem agir apenas baseados no conceito de epidemia a partir da incidência de 300 casos por 100 mil habitantes –que classifica os cinco Estados como em epidemia.
"Qualquer aumento de transmissão deve ser considerado como surto", diz.
O ministro Alexandre Padilha (Saúde) fez dois alertas, um para a região Sudeste, que concentra parte importante da população, e outro para o Nordeste, que concentra quase metade das cidades em situação de alerta.
"Nós temos, sim, epidemia em alguns Estados e municípios do país. Qualquer Estado ou município que ainda não está classificado como em epidemia não pode reduzir as medidas de combate. O maior número de transmissões é até maio", disse o ministro.
Dos 983 municípios analisados, 267 apresentaram infestação por larvas do mosquito que indicam risco para epidemia. Outros 478 estão em situação de alerta, e 238 apresentaram situação satisfatória.
Fonte: Folha