Um trabalhador rural de 57 anos é acusado de estuprar os netos de sua companheira, duas meninas uma de 4 e 6 anos e um menino de 5 anos. O suspeito não teve o nome divulgado para garantir o sigilo das investigações ainda em andamento pela Delegacia de Tangará da Serra.
As investigações iniciaram com a denúncia do estupro da menina de 4 anos, recebida pela delegada responsável pelo caso, Liliane Soares Diogo. Segundo a delegada, a avó que cuida de quatro netos de 4, 5, 6 e 10 anos, desconfiou que as crianças menores estavam sofrendo abuso sexual do companheiro e contou para filha, tia das crianças, que mora na cidade.
A avó desconfiou dos abusos, após ver a neta de 4 anos com os lábios muito vermelhos e a garota de 6 anos se queixar de dores na barrida. Conforme a avó, o companheiro sai da cama durante a madrugada e por conta disso passou a trancar o quarto das crianças. Mas as vítimas disseram que ele entrava pela janela.
Para não levantar suspeita do agressor, mãe e filha combinaram de levar as crianças até cidade para tirar carteira de identidade, mas com a intenção de apresentá-las na Polícia Civil. Após conversar a menina de 4 anos, a delegada Liliane Diogo, uma equipe de investigadores acompanhada do Conselho Tutelar conduzir a criança à realização do exame de corpo delito.
Segundo a delegada Liliane Diogo, os investigadores tiveram que simular uma situação para que o acusado não desconfiasse da ação. “Se o acusado percebesse a intenção dos investigadores, ele poderia tentar fugir, o que dificultaria a sua prisão”, declarou à delegada. “Na delegacia começamos a suspeitar que as outras crianças também seriam abusadas”, completou a delegada.
Durante a conversa, as três crianças relataram que estavam sendo abusadas e apontaram o companheiro da avó como autor da violência. O irmão de 10 anos, confirmou que viu o companheiro da avó “beijando” a irmãzinha, mas disse que ele nunca foi tocado. Mesmo assim a Polícia Civil requisitou exame de corpo de delito no menino.
De acordo com o relato das crianças, os abusos iam desde carícias a beijos e tentativas de penetração.
Laudo do exame perícia constatou a ruptura do hímen da menina de 4. Apesar do hímen rompido, o exame aponta que a menina não sofreu conjunção carnal por penetração pelo agressor, que provavelmente usou de outros meios ou objetos. “Se a ruptura tivesse sido causada pelo órgão genital do agressor, a lesão seria ainda maior”, explicou a delegada.
Constatado o abuso, a delegada representou pela prisão preventiva do acusado que foi prontamente atendida pelo Poder Judiciário de Tangará da Serra. O mandado de prisão foi cumprido na casa do agressor que foi encaminhado por policiais civis ao Centro de Detenção Provisória.
A delegada Liliane Diogo aguarda o resultado do laudo pericial que confirmará o resultado dos abusos sofridos pelas crianças de 5 e 06 anos para conclusão do inquérito.
A mãe das crianças é dependente química e não mora no Assentamento.
Fonte: Assessoria/PJC-MT