Para o país, as nações que cederam às pressões das potências sofreram "trágicas consequências".
Pyongyang fez o exercício nuclear no dia 12, apesar de ter sofrido sanções da comunidade internacional em represália a um lançamento de foguete, em dezembro. O governo de Kim Jong-un considerou o teste uma demonstração de força contra Coreia do Sul e Estados Unidos, chamados de inimigos.
O regime comunista comentou sobre o caso da Líbia, que abandonou o programa nuclear em 2003, em uma tentativa de melhorar as relações com os Estados Unidos. Oito anos depois, o ditador Muammar Gaddafi foi deposto por uma revolta que teve apoio dos americanos.
Relacionando seu caso com o líbio, a Coreia do Norte disse que nunca recuou. "As consequências trágicas nos países que abandonaram seus programas nucleares pela metade provam claramente que a RPDC (República Popular Democrática da Coreia) foi muito perspicaz e certa quando fez a opção (nuclear)".
Segundo a agência de notícias Reuters, a Coreia do Norte disse à China que pretende realizar novos testes nucleares, apesar da oposição internacional e de Pequim, que é sua principal aliada. Os chineses condenaram as últimas movimentações militares dos norte-coreanos.
O teste nuclear foi uma resposta ao aumento das sanções da ONU (Organização das Nações Unidas) ao país, aprovado em janeiro. Dias após o teste, o regime comunista aumentou sua retórica contra a vizinha Coreia do Sul, por apoiar as restrições, e aos Estados Unidos.
A maioria das avaliações militares sugere que a Coreia do Norte perderia qualquer guerra contra os sul-coreanos se estes recebem o apoio dos Estados Unidos e que seus líderes não pretendem começar um grande conflito.
Em 2010, a Coreia do Norte foi acusada de afundar um navio militar sul-coreano e no mesmo ano bombardeou uma ilha sul-coreana, matando quatro pessoas, incluindo dois civis. As ações aconteceram um ano após um teste nuclear.
Fonte: FOLHA.COM | REUTERS