Um dos casos mais rumorosos foi a quebra do Banco Ambrosiano, de Roberto Calvi, em 1982. Conhecido como "o banqueiro de Deus" por suas ligações com o Vaticano, ele apareceu enforcado sob uma ponte em Londres.
Dez anos mais tarde, peritos italianos descartaram a hipótese de suicídio.
Os legistas, segundo elementos publicados pela imprensa italiana na ocasião, destacaram a ausência das lesões que a corda deveria ter causado ao banqueiro, que pesava cerca de 90 quilos.
As mãos de Roberto Calvi também não tinham traços do pó que deveriam deixar os tijolos que foram encontrados em seus bolsas, nem do óxido de ferro que deveria ter ao amarrar a corda à ponte de ferro.
"Por trás da máfia há alguém", afirmou Carlo, filho de Calvi, convencido de que mafiosos haviam assassinado seu pai.
O então presidente do IOR, o arcebispo Paul Marcinkus, foi indiciado na Itália em 1987 pela sua conexão com o colapso do Banco Ambrosiano, mas nunca chegou a ser levado a julgamento, por causa de sua posição no Vaticano.
TEDESCHI
Em 2010, novo escândalo. A Justiça italiana ordenou a apreensão de € 23 milhões do Banco do Vaticano. Agentes da polícia tributária providenciaram o sequestro preventivo dessa quantia depositada numa conta do banco Credito Artigiano, por ordem de um tribunal de Roma que investigava a omissão por parte do IOR de dados obrigatórios quanto à identidade das pessoas efetuando transações financeiras
A suspeita na época era de que o IOR recebesse depósitos de importantes somas de procedência duvidosa, na gestão de Ettore Gotti Tedeschi, demitido em 2012 por má administração.
Fonte: FOLHA.COM