Ela foi pessoalmente ao comitê de imprensa do Palácio do Planalto para fazer o comunicado, depois de conversar com a presidente.
Foi Dilma quem pediu a ministra para anunciar oficialmente que não há, por ora, mudanças na Esplanada dos Ministérios.
O movimento é interpretado por aliados como uma tentativa de esfriar as pressões e dar tempo a Dilma, que enfrenta dificuldades para atender a todos os pleitos dos governistas.
Mudanças pontuais no governo eram esperadas para janeiro, mas a presidente tem adiado a decisão de acomodar novos e velhos aliados. Em contrapartida, aumenta a cada dia a pressão dos partidos.
Legendas como PMDB e PR pleiteiam aumentar seus espaços na Esplanada dos Ministérios. Novos aliados, como o PSD, também está de olho em cargos do primeiro escalão do governo.
No entanto, não há consenso. Dilma, por exemplo, gosta do senador Blairo Maggi (PR-MT), mas o senador não é o favorito do partido. Apesar de filiado ao PR, o atual ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, também não é considerado como uma indicação da legenda.
O PSD, por sua vez, está de olho no novo ministério de Micro e Pequena Empresa. O PMDB tenta emplacar o deputado federal Gabriel Chalita (PMDB-SP) como ministro a demora na indicação dele tem criado insatisfação dentro da legenda.
A presidente tem conversado com representantes dos partidos sobre troca de ministros. No início da semana, por exemplo, se encontrou com representantes do PR, que pleiteia, por exemplo, ministérios como Agricultura e Transportes.
Nesta quinta-feira (14), reuniu-se com o vice-presidente Michel Temer no Palácio do Alvorada. A Folha apurou que as mudanças podem ser efetivadas na segunda quinzena de março.
Fonte: FOLHA.COM