A informação foi confirmada por fontes ligadas ao governo.
No começo deste mês, Dilma disse em Cascavel (PR) que o governo tomaria providências para retirar da pobreza extrema todas as pessoas do Cadastro Único para Programas Sociais. O número de cadastrados soma cerca de 2,5 milhões, segundo cálculos da presidente.
A meta de erradicação estava prevista para ser alcançada no final de 2014. O anúncio de ampliação de programa de combate à pobreza extrema tentará adiantar o cumprimento da meta.
"Conseguimos atender as pessoas cadastradas, mas a presidente vai pedir empenho dos prefeitos e da sociedade para continuar buscando mais pessoas que vivam em situação de extrema pobreza", disse uma das fontes ligadas ao governo. A presidente reconhece que existem pessoas fora dos cadastros do governo que estão na pobreza extrema.
Na avaliação da presidente, o cadastro não conseguiu mapear todas as pessoas vivendo em condição de miséria no país.
A nova ampliação deve seguir os mesmos moldes do Brasil Carinhoso, programa lançado em 2012 para retirar da pobreza extrema crianças entre zero e 15 anos, mas os valores ainda estão sendo definidos, segundo uma das fontes que pediu para não ter seu nome revelado.
Pelos cálculos do governo, as ampliações dos instrumentos e dos repasses do Brasil Sem Miséria já retiraram da pobreza extrema 19,5 milhões de pessoas. Para isso, o governo tem ampliado anualmente desde 2003 o orçamento do Bolsa Família, que é o mecanismo de transferência de renda do Brasil sem Miséria.
Em 2011, o orçamento do Bolsa Família era de R$ 17,3 bilhões, segundo dados do balanço divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento Social no começo deste ano.
Para 2013, a previsão é que sejam gastos R$ 23,1 bilhões com o Bolsa Família. Com a nova ampliação a ser anunciada esse valor deve subir.
Fonte: FOLHA.COM | REUTERS