A gigante americana comprou, em 2012, a brasileira Rapidão Cometa. A integração completa, com o fim da marca Rapidão, ocorrerá em 31 de julho de 2014, disse à coluna o presidente da divisão para América Latina e Caribe da FedEx Express, Juan Cento.
Embora seja uma empresa de transporte principalmente aéreo, a companhia pretende usar a rede terrestre da Rapidão para crescer no Brasil, com uma logística parecida com a dos Correios -uso de espaço nos aviões de companhias brasileiras.
A diferença, diz o executivo, é que vão garantir o horário de entrega de maneira rigorosa, senão em 24h (o pacote mais caro), em um tempo mais alargado para atender as necessidades de preço local, e sem restrição ao tamanho e peso de encomendas.
A FedEx garante o horário da entrega ou devolve o dinheiro nos países onde opera.
"O Brasil tem uma rede boa por terra, considerando a infraestrutura ruim [condição das estradas]", diz Cento. "A logística está nas rodovias. Há mais caminhões de entrega no país que em qualquer outro latino-americano."
Nos Correios, o clima é de preparação. Líder de mercado, a estatal vê encolher seu mercado cativo –de correspondências– e quer manter a força no setor de encomendas.
Em 2011, o governo alterou a lei que determina as atribuições da estatal, permitindo operação no exterior e participação em outras empresas.
Com isso, os Correios abriram escritório de prospecção de negócios em Miami e, na semana passada, entregaram à Claro a operação de 2.400 linhas de "smartphones" para começar em maio o rastreamento on-line das encomendas do Sedex.
Essa tecnologia é padrão na FedEx internacional e será replicada no Brasil, afirma Juan Cento.
Fonte: FOLHA.COM