O órgão pretende entrar nas usinas para tirar dúvidas sobre o programa atômico do país.
Teerã afirma que as atividades de enriquecimento de urânio são para geração de energia e uso médico. No entanto, potências ocidentais, em especial os Estados Unidos, e Israel suspeitam que o país esconda a intenção de fazer uma bomba atômica.
O subdiretor-geral da AIEA, Herman Nackaerts, disse em Viena, na Áustria, que a agência continuará a negociar com a República Islâmica, mesmo após o fracasso da reunião de quarta (13). Porém, disse que o órgão vai precisar de mais tempo para saber como avançar.
"Debatemos sobre uma aproximação estruturada, mas não conseguimos concluir o documento que permitiria examinar a possível dimensão militar do programa nuclear iraniano".
A falta de acordo era esperada pelos diplomatas ocidentais, devido às reiteradas negativas de Teerã à entrada dos inspetores internacionais na usina de Parchin. A agência atômica suspeita que, no local, acontecem as pesquisas para o desenvolvimento da suposta bomba nuclear.
O encontro aconteceu antes de uma reunião maior entre o Irã e seis potências mundiais agendada para 26 de fevereiro no Cazaquistão a respeito das atividades nucleares iranianas.
Fonte: FOLHA.COM | AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS