Política

Senadores criticam atraso e questionam competência do governo

 
“Fico perplexo porque o governo tinha tempo de fazer planejamento, o que não aconteceu. O governo pecou muito”, comentou o senador Jayme Campos ao fazer o pedido de aparte, durante discurso do senador Pedro Taques na tribuna do Senado, na tarde desta terça-feira (05.02).
 
O pedetista citou dados do relatório do TCE que preocupa a população de Cuiabá e Várzea Grande sobre a possibilidade de que as obras da Copa, em especial, as de mobilidade urbana, vão ficar prontas a tempo do maior evento de futebol do mundo. 
 
A 494 dias do primeiro jogo do Mundial em Cuiabá, o documento aponta que a duplicação da estrada da Guarita está atrasada há oito meses, as obras do Fun Park (local para as pessoas assistirem jogos do telão) sequer foram iniciadas, as trincheiras na Avenida Miguel Sutil todas estão com atraso de seis meses na execução, a ligação entre a Avenida Beira Rio e a Antônio Dorileo sofre atraso de cinco meses, dentre outros exemplos. 
 
“Cada mês de atraso é mais um mês de sofrimento para a população de Cuiabá e Várzea Grande e gera mais aumento no custo da obra e isso representa em mais impostos. Com três turnos de trabalho, mais as obras se tornam mais caras”, apontou.
 
Taques ainda disse que o problema dos atrasos não é por falta de recursos disponibilizados pelos cofres federal e estadual, mas por uma questão de incompetência de administração e de gerenciamento de quem toca as obras. 
 
“As obras foram entregues primeiramente a uma agência que serviu apenas para escândalos, depois foi criada uma Secretaria Extraordinária, que apresenta respostas evasivas, reconhece os atrasos, mas não fala quais são. A copa é para nos orgulhar e não para nos envergonhar”, detonou Taques. 
 
VLT
 
O democrata Jayme Campos disse que não acredita que o VLT (Veículo Leve sobre Trilho) deve ficar pronto até 2014. “Era para ser o BRT depois mudou para o VLT, o que foi uma pisada na bola. Mato Grosso não tinha capacidade de se endividar dessa maneira”.
 
Pedro Taques destacou ainda que a opção pela troca de modal foi uma decisão meramente política do governador Silval Barbosa. “O BRT iria custar R$ 500 milhões e o VLT  R$ 1,4 bilhão para 22km. Foi uma mudança optada pelo governador”. 
 
 
Débora Siqueira – Da Redação 
 
 
 

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