O primeiro suplente de vereador, Robinson Cireira, assumiu, nesta terça-feira (17), a cadeira da vereadora Edna Sampaio (PT), que teve o mandato cassado na semana passada, por quebra de decoro parlamentar, na Câmara Municipal de Cuiabá.
Robinson é natural de Curitiba (PR), mas se mudou para Cuiabá em 1980. Ele ingressou no curso de história aos 24 anos na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e, atualmente, atua como professor na rede pública de ensino. Nesta terça ele assume como vereador de Cuiabá.
Na manhã desta terça-feira, durante o discurso de posse na sessão ordinária, Cireira declarou defesa da educação pública de qualidade para os alunos menos favorecidos.
“Vou representar a classe trabalhadora e aqueles meninos e meninas do bairro São Gonçalo, onde dou aula, em uma sala sem ar condicionado e com uma mesa quebrada, que não tem refeitório, para garotos de ocupação que precisam de assistência social, de saúde. Porque educação não é dar aula, se o menino está passando fome, não tem casa, se ele tem problema social, não tem jeito”, disse.
Vereadora cassada
Na última quarta-feira (11), a Câmara Municipal de Cuiabá cassou o mandato da vereadora Edna Sampaio (PT) por quebra de decoro parlamentar. O motivo é a denúncia da suposta “rachadinha” nas Verbas Indenizatória da ex-chefe de Gabinete. Foram 20 votos a favor e 5 ausências. A parlamentar não compareceu no plenário para fazer a defesa e alegou perseguição.
Foi elaborado um relatório pela Comissão de Ética, que pedia a cassação da vereadora. O documento recebeu parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Os vereadores votaram a aprovação do parecer da CCJ e, em seguida, pela aprovação do Projeto de Resolução.
Suspeita de ‘rachadinha’
Vazamentos de prints de conversas dela com a ex-chefe de gabinete, em maio deste ano, mostrou uma suposta “rachadinha” de valores de Verbas Indenizatórias.
Conforme documento, em 2022, o a parlamentar recebeu pelo menos R$ 20 mil em transferências feitas pela ex-chefe de Gabinete, Laura Natasha.
A ex-chefe foi exonerada no final do ano passado, quando estava gestante, e acabou sendo indenizada em R$ 70 mil. Ela ganhava R$ 7 mil de salário e mais R$ 5 mil de verba indenizatória.