Com 101,4 pontos registrados em setembro, a pesquisa que monitora a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) em Cuiabá voltou a atingir índice considerado satisfatório. O levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e analisado pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT) voltou a ficar acima dos 100 pontos, o que não ocorria desde junho de 2015.
O crescimento na pontuação foi de 4,1% sobre o mês anterior, quando a pesquisa registrava 97,4 pontos. Agora, está 27,23% acima do registrado no mesmo período do ano passado, que era de 79,7 pontos. O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, destaca os consecutivos aumentos na pesquisa, sendo o nono mês consecutivo de crescimento no índice.
“A retomada do índice ao patamar acima de 100 pontos, após 8 anos, mostra o aquecimento econômico da região e o peso do consumo das famílias no crescimento em diversos setores, mas principalmente do comércio de bens e serviços. Com certeza, a pesquisa também pode refletir o bom momento econômico no estado”, destaca o presidente da federação.
Todos os subíndices avaliados mostraram crescimento, com destaque para o Nível de Consumo Atual com aumento de 9,5%, seguido de Momento para Duráveis com 6,0%. Outros subíndices em destaque é a Compra a Prazo e Emprego Atual, que cresceram 5,3% e 4,4%, respectivamente.
Com o crescimento dos componentes, Wenceslau Júnior destaca que tais condições da economia local “favorecem crescimentos futuros na intenção de consumo, principalmente os que se relacionam ao emprego e renda, que são os fatores levados em consideração na avaliação de gastos”.
Quando perguntado sobre como os respondentes se sentiam em relação ao emprego, a pesquisa mostra que 53,1% afirmaram estar mais seguros que no mesmo período do ano passado, seguido de 27,8% que disseram estar igual. Já em relação a renda, 50,6% disseram que está melhor este ano do que no ano passado, logo após os que disseram estar igual ao ano anterior, com 29%.
Na perspectiva de acesso ao crédito, 41,3% disseram estar mais difícil a situação do crédito atualmente, quando comparado a setembro de 2022. Ainda assim, o subíndice de Compras a Prazo se mostra em crescimento.