Vivemos a era dos excessos e dos extremos e com a alimentação não é diferente. Nunca se falou tanto sobre alimentação e ao mesmo tempo nunca convivemos com tantas doenças a ela associadas. Se de um lado temos o aumento crescente dos índices de sobrepeso e obesidade, de outro temos o aumento de distúrbios alimentares relacionados ao comer transtornado com muitas restrições e sentimento de culpa. O tempo todo somos bombardeados com informações, dicas para emagrecer, receitas fit, dietas da moda, alertas sobre alimentos vilões ou milagrosos, mas no fim das contas não sabemos mais o que comer, nem o que não comer, muito menos como, quanto e quando comer. O que era para ser algo simples como parte dos nossos hábitos diários virou um grande problema. A ditadura do corpo perfeito e a busca por um padrão de beleza inalcançável para grande maioria das pessoas faz com que muitas delas recorrem às mais variadas formas para conseguir perder peso rapidamente. O terrorismo nutricional vem dessa busca incessante que leva à demonização de certos alimentos ou nutrientes como se fossem eles os responsáveis pelo insucesso das dietas. Já foi a vez do ovo, da manteiga, banha de porco, glúten, lactose, carboidratos… A cada dia surge um novo vilão ou mocinho ou mesmo mocinho que já foi vilão e vice-versa. O primeiro passo para sair desse ciclo é acreditar que uma alimentação saudável deve ser leve, prazerosa e que nenhum alimento isolado é capaz de fazer com que você engorde ou emagreça. O que vai contar é a alimentação como um todo. Não existe alimento vilão ou mocinho e todo alimento pode fazer parte de uma alimentação saudável desde que haja um certo equilíbrio entre comer o que faz bem e comer o que dá prazer. O importante é estar em paz com a comida e fazer das refeições um momento tranquilo de cuidado com a saúde física e mental. E não se esqueça de procurar ajuda profissional para que essa caminhada seja mais fácil e efetiva.