A população de Mato Grosso deve sofrer ainda mais com os recordes de altas temperaturas e temporais causados pelo fenômeno El Niño, apontou a meteorologista Ana Paula Paes. Segundo ela, o fenômeno deve causar efeitos até o primeiro trimestre de 2024.
Ana Paula contou que, nos próximos meses, as temperaturas ficarão acima da média do que é esperado.
A meteorologista afirmou que uma grande massa de ar seco esteve sobre uma extensão de parte do Brasil nas últimas semanas e fez elevar as temperaturas.
“Esse calor todo tem influência do fenômeno El Niño, que é um aquecimento anormal das águas do oceano pacífico equatorial, e que muda os padrões de chuvas e temperaturas em diversas regiões do globo”, relatou.
A especialista ainda explicou que quando uma instabilidade climática passa pela região e encontra uma atmosfera mais aquecida, a tendência é que ocorram tempestades e que elas fiquem ainda mais intensas.
Cuidados com tempestades nos municípios
Enquanto na região metropolitana a quantidade de chuva ainda é baixa e o calor extremo, os municípios de União do Sul, Nova Canaã do Norte, Colíder, Gaúcha do Norte, Juína e as áreas rurais de Sinop e Sorriso, já estão em estado de alerta por conta dos ventos acompanhados de chuva forte.
Em Juína, as rajadas foram tão fortes que entortaram uma torre de energia no último fim de semana.
Já em Nova Xavantina, estabelecimentos foram destelhados nessa terça-feira (29), atingindo as estruturas de energia e interrompendo o fornecimento.
Em razão disso, a concessionária de energia de Mato Grosso monitora o clima para que, em casos de registro de temporais, sejam feitos sobreavisos.
A capital mato-grossense bateu um novo recorde de temperatura máxima e registrou o dia mais quente do ano com 41,2°C e umidade relativa do ar em 22% no dia 23 de agosto, de acordo com a medição feita pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Até o momento, essa foi a temperatura mais alta de 2023. O recorde anterior era de 40,8°C e foi registrado no dia 22 de agosto.
Segundo a Agência Climatempo, a última vez que Cuiabá registrou 41°C foi em agosto de 2020.