Quatro investigados por associação criminosa armada, roubo, extorsão e tortura foram presos preventivamente durante a “Operação Celato”, deflagrada pela Polícia Civil nessa quarta-feira (23), em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. Também foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão domiciliar. Dois suspeitos seguem foragidos.
Segundo a Polícia Civil, todos os investigados têm antecedentes criminais, sendo que um dos investigados já havia sido preso duas vezes por roubo e tinha fugido da Penitenciária Central do Estado (PCE), em julho de 2019 e abril de 2020.
Investigações
A associação criminosa foi identificada durante investigações da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Várzea Grande (Derf-VG) de um roubo ocorrido no dia 16 de abril, no Bairro Terra Nova, contra um empresário de construção civil.
Na ocasião, a vítima foi abordada por dois homens armados quando chegava em casa, onde teve os pés e as mãos amarrados e colocado em cárcere privado dentro de um banheiro. Os criminosos ainda mandaram o empresário desbloquear os aplicativos bancários, para que transferissem o dinheiro para as contas dos comparsas, que estavam do lado de fora dando cobertura.
Segundo a polícia, a vítima alegou que não lembrava das senhas, momento em que começou a ser torturado pelos suspeitos com um martelete e uma furadeira elétrica. Quando a vítima desbloqueou os aplicativos, os investigados fizeram várias transferências para a conta bancária de uma empresa fictícia, constituída para a lavagem de dinheiro. Os suspeitos ainda roubaram objetos da casa da vítima.
Durante o roubo, um amigo da vítima chegou na casa e, também, foi amarrado, roubado e mantido em cárcere privado. De acordo com a Polícia Civil, as vítimas foram mantidas como reféns por cerca de duas horas. Os suspeitos fugiram do local com o veículo de uma das vítimas.
Roubo à empresa
Outro roubo praticado pela organização criminosa ocorreu no dia 10 de julho, em uma empresa no Bairro Novo Mundo em Várzea Grande, quando três criminosos invadiram o local, renderam funcionários e clientes e roubaram dinheiro e eletrônicos.
Além de estarem armados, um dos suspeitos pegou um facão e ameaçou cortar o dedo de uma das vítimas, que só foi impedido porque os investigados fugiram assim que o dono da empresa chegou no local.
Segundo a Polícia Civil, as investigações apontam que havia um comparsa do lado de fora, dando apoio ao roubo com um carro, porém os suspeitos fugiram no veículo de uma das vítimas, que possuía uma câmera interna que flagrou toda a fuga.