O mês de agosto começou com recuo de 2,30% no preço da cesta básica em Cuiabá, acumulando, assim, a terceira semana consecutiva de queda no preço do mantimento e, com isso, atingindo o valor de R$ 732,92. A retração acumulada no período já chega 4,51%, o que representa uma variação negativa de R$ 34,18. Os dados são fornecidos semanalmente pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT).
No comparativo anual, a cesta está 3,97% superior ao observado no mesmo período do ano passado, quando custava R$ 704,95. Além disso, já é o menor preço observado desde novembro de 2022. O superintendente da Fecomércio-MT, Igor Cunha, explica que “o patamar atual é muito positivo para a organização das famílias e para a verificação dos custos de vida na capital mato-grossense. A proximidade no preço com o registrado no ano passado é consequência da volatilidade concentrada em alguns alimentos”.
Onze dos treze alimentos componentes da cesta básica apresentaram queda, com destaque, mais uma vez, para o tomate e a batata, que caíram 13,74% e 6,77%, respectivamente. Conforme análise do IPF-MT, as temperaturas elevadas nas regiões produtoras do tomate contribuem para a redução no preço da fruta. Com três recuos semanais consecutivos, a queda acumulada chega a 24,59%.
O clima mais seco também contribuiu para o recuo no valor do café, de 2,71% se comparado a semana anterior, acelerando, assim, a colheita brasileira e acarretando o crescimento na oferta mundial. Com as cotações da commoditie pressionadas, uma queda no custo para a industrialização influencia, consequentemente, no preço final do produto nas gôndolas dos mercados.
Já com relação à batata, o avanço na colheita resulta no aumento da oferta do produto, pressionando seu o preço final para baixo, que já acumula retração de 26,84% nas últimas seis semanas. Com preço médio atual de R$ 5,10/kg, o tubérculo ainda mostra um crescimento de 13,14% ante ao observado no mesmo período do ano passado, quando custava R$ 4,51/kg.
O superintendente da Fecomércio-MT, Igor Cunha, destaca os principais motivos que contribuíram para a queda do mantimento, observado nas últimas semanas. “Essas reduções estão muito atreladas à sazonalidade das culturas dos hortifrutis, visto que o período atual é de crescimento na oferta devido ao processo de colheita, como o caso do tomate, da batata e da banana. Porém, a maior parte dos alimentos da cesta continuam apresentando variação em torno de 1%, o que gera menor instabilidade no momento da compra”.