Cidades

Famílias cuiabanas pretendem consumir mais no 2º semestre, aponta pesquisa

Os cuiabanos iniciaram o mês de julho com aumento de 4,74% na Intenção de Consumo das Famílias (ICF) sobre o mês anterior, segundo levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e analisa pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT). Com 92,8 pontos, o índice atual está 14,43% superior ao observado no mesmo período do ano passado, quando marcava 81,1 pontos.

Com o sexto crescimento consecutivo observado na pesquisa, o valor atual se aproxima do número verificado em junho de 2015, quando o índice atuou acima dos 100 pontos pela última vez (102,8).

O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, ressalta os bons índices da pesquisa, apesar de não registrar níveis de otimismo por parte dos consumidores. “Com uma ótica mais ampla, mesmo com algumas expectativas mais baixas em 2023, o índice ainda reflete um crescimento que favorece o maior patamar desde 2015, perspectiva afirmativa ao cenário aquecido da capital e que pode ser observado no estado, diante do cenário econômico atual”.

Os dados da pesquisa mostram que todos os subíndices apresentaram crescimento em julho sobre o mês anterior, com o Nível de Consumo Atual apresentando a maior variação positiva (11,8%), seguido da Perspectiva de Consumo (10,1%), das Compras a Prazo (5,9%), dos Momentos Duráveis (4,4%) e, logo em seguida, o Emprego Atual (+3,1%).

Wenceslau Júnior destaca o forte crescimento para o consumo atual das famílias em Cuiabá. “O crescimento neste subíndice pode indicar um aquecimento da economia cuiabana nos meses seguintes, além de contribuir para uma boa expectativa dos empresários para as datas comemorativas que acontecem no segundo semestre do ano, que são muito importantes para os setores do comércio e serviços”.

Já na avaliação da Renda Atual, a grande parte das famílias (45,6%) consideram que a situação está melhor no atual momento do que no comparativo com o mesmo período de 2022, porém, 47% dos entrevistados consideram que o Acesso ao Crédito está mais difícil, influenciada pela alta taxa de juros, o que inibe a obtenção de crédito e o consumo de bens duráveis.

Com relação ao subíndice que monitora o Emprego Atual, que vinha de dois meses de queda consecutiva, o presidente da federação explica que “a retomada no crescimento contribui para a segurança no consumo de curto e médio período, assim como o crescimento no subíndice de Momento para Duráveis e Compras a Prazo, que abrangem perspectivas mais de longo tempo no consumo”.

No cenário nacional, o índice registrou 99,3 pontos em julho, crescimento de 2,1% ante ao mês anterior. Na avaliação anual, o patamar atual do indicador é 25,05% superior ao observado em julho de 2022, quando registrava 80,7 pontos.

Redação

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