Quando verificado com o mesmo mês do ano passado, ao média do setor industrial brasileiro assinalou redução de 2,7%. O relatório do IBGE destaca cautela do setor desde a pandemia da Covid-19, com relação ao desabastecimento de insumos e encarecimento das matérias-primas. Mato Grosso, no entanto, apresentou aumento de 11% em abril na comparação com o mesmo mês de 2022, graças ao desempenho dos setores de produtos alimentícios (carnes de bovinos frescas ou refrigeradas) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (álcool etílico).
A alta de dois dígitos é a segunda maior entre as demais unidades da federação, atrás somente do Rio Grande do Norte, com alta de 14,5%. Já no acumulado dos últimos 12 meses o crescimento da indústria mato-grossense foi a maior do país, com elevação de 9,9%.
O gerente do Observatório da Indústria, Pedro Máximo, alerta para o saldo negativo observado na produção industrial de Mato Grosso no acumulado deste ano. De janeiro a abril, a queda foi de 3,6%. “Está difícil superar os índices de crescimentos registrados em 2022 que foram muito positivos e mostrava uma fácil recuperação diante do péssimo desempenho da indústria em 2021, em função do período pandêmico”.
O presidente da Federação das Indústrias, Silvio Rangel, ressalta que mesmo com uma queda com relação ao ano anterior, há uma perspectiva positiva para o longo do ano em razão do cenário macroeconômico. “A queda do dólar e a possível queda da taxa de juros sinalizada pelo pelo Banco Central sugerem um ano de bom cenário de negócios, especialmente para Mato Grosso. Além disso, novos negócios com o mercado Chinês e um consumo acelerado mostram uma necessidade de aumento de produção, que pode ser muito positivo para Mato Grosso”.