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Em 2018, quando o Bolsonaro se elegeu, grande parte da população afirmava que o Lula era bandido, enquanto ovacionava o “Mito”. Outra turma garantia que o líder do PT foi condenado para impedir sua candidatura. Ainda fora da política naquele momento, o juiz Sérgio Moro era o herói nacional para 70% da população.

Passados cinco anos o ex presidiário está na presidência; o “Mito” aliou-se aos políticos que combatia – Waldemar Costa Neto – e atualmente seu maior compromisso semanal e dar depoimentos para a PF. O “herói” (Moro) que era a esperança de consertar o Brasil virou político e, se bobear, vai ocupar a cela em que o Lula morou em Curitiba.

Isto me faz lembrar um quadro do humorista Jô Soares no programa Viva o Gordo dos anos 1980. Nele, Sebastião, codinome Pierre, exilado na França, falava ao telefone com sua mulher no Brasil. Esta lhe dava notícias dos absurdos que aconteciam aqui. Misturando francês com português, ele usava o bordão “você não quer que eu volte, Madalena” insinuando que a esposa falava aqueles disparates só para desestimular seu retorno.

Se fosse hoje, o Pierre teria mil razões para supor que sua mulher mentia. Imaginemos que ela lhe dissesse que o Lula foi solto pelo STF não por ser considerado inocente, mas porque o processo tinha algum vício, detalhe que passou despercebido a vários juízes e pelas instâncias anteriores a que fora submetido.

– O Lula foi julgado inocente, Madalena?  Perguntaria o exilado.

– Não, inocentado, ele não foi.

– Mesmo assim foi solto? “Você não quer que eu volte, Madalena”.

O Pierre teria outros motivos para continuar em Paris: Dallagnol o procurador federal que mais atuou na lava Jato, eleito deputado federal, foi cassado e o ex-juiz Sergio Moro, agora senador, está prestes a seguir o mesmo caminho. O magistrado Marcelo Bretas do Rio de Janeiro, que sentenciou vários políticos famosos, foi afastado do cargo, enquanto os condenados um a um voltam à liberdade. A Lava Jato ficou a cargo de um Juiz lulista que foi flagrado há poucos dias disfarçando a voz em uma ligação telefônica, ameaçando o filho de um desembargador que ele queria intimidar.

 Esta semana a mulher do Pierre informaria que o Lula recebeu o Maduro com honras de líder mundial como se fosse o maior democrata do mundo.

– Tem mais Sebastião, o Presidente está muito mais preocupado em emprestar dinheiro para a quebrada Argentina e relativizar o cano de seis bilhões da Venezuela do que cuidar das finanças do Brasil. Outra coisa, diria ela, no último dia 3l, enquanto o Congresso votava matérias vitais para o governo, o Lula discutia com a FAB um modelo de avião mais confortável para abrigar o casal Janja/Lula.

– Não é possível, isto é mentira sua. “Você não quer que eu volte, Madalena”

  Renato de Paiva Pereira.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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