Servidores da Saúde de Várzea Grande utilizaram cadastro de pessoas mortas para desviar medicamentos da farmácia da Unidade de Pronto Atendimento (Upa Ipase). O esquema foi descoberto durante o inquérito policial que resultou na Operação Fenestra, deflagrada pela Polícia Civil nesta segunda-feira (22).
De acordo com o diretor de Atividades Especiais da Polícia Civil, delegado Vitor Hugo Bruzulato, dados de pessoas já falecidas eram utilizados para esconder a saída irregular dos remédios da unidade.
“A Deccor identificou alteração irregular no sistema de dados, relacionado ao controle de saída de medicamentos para ocultar a dispensa ilícita. Inclusive foi constatada a saída de remédios para pacientes já falecidos”, disse.
As investigações constataram que durante a pandemia da covid-19, foi aberta uma janela nos fundos da farmácia, supostamente para evitar o contato entre pacientes e servidores. No entanto, evidências indicam que o espaço foi utilizada para os desvios de medicamentos.
Durante as diligências, o superintendente de Saúde Oswaldo Prado Rocha e o empresário Fernando Metello, foram presos por suposto envolvimento no esquema. Também foram cumpridos 4 mandados de prisões preventiva e 8 de busca e apreensão domicilia, além do afastamento de agentes públicos da Secretaria Municipal de Saúde da cidade.
Também foram determinadas 4 medidas cautelares a investigados que responderão em liberdade, como a proibição de frequentarem qualquer unidade de saúde, hospital ou Pronto- Socorro Municipal de Várzea Grande, exceto como pacientes.
Houve sequestro de veículo que pertencente ao superintendente de Saúde do município.