Cidades

MT tem baixa procura da vacina contra Influenza e atinge 9,8% do público-alvo

A campanha de vacinação contra a Influenza começou no dia 10 de abril com o objetivo de imunizar 979.756 mil pessoas que compõem os grupos prioritários em Mato Grosso, no entanto, apenas 96,2 mil – 9,8% do total – foram vacinadas até essa quarta-feira (26), conforme dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT).

De acordo com o Ministério da Saúde, a partir de 2021, ano de pandemia da Covid-19, nenhum estado atingiu a meta de cobertura vacinal. No ano passado, Mato Grosso imunizou pouco mais de 60% da população, enquanto o objetivo era 90%.

Neste ano, a vacinação também segue lenta para todos os grupos no estado. Menos de 1% dos indígenas tomou a vacina, por exemplo. Em relação as crianças, de 312.977, apenas 21,2 mil recebeu o imunizante.

Os percentuais maiores de cobertura vacinal em Mato Grosso são dos grupos de trabalhadores da saúde (14,70%) e puérperas (14,59%).

A vacina ofertada é composta por três tipos de cepas do vírus influenza (A-H1N1, A-H3N2 e B). Apenas pessoas que apresentarem febre, sintomas gripais ou contaminadas pela Covid-19 não podem receber o imunizante.

A campanha segue até 31 de maio. Segundo a Secretaria de Saúde, ainda não é possível confirmar uma data para o início da imunização do público geral, “visto que a campanha ainda está em andamento e toda a estratégia está voltada para atingir o grupo prioritário”.

Onde vacinar 65

Para realizar a imunização, em Cuiabá e Várzea Grande, região metropolitana, a pessoa deve se apresentar ao local de vacinação com documento de identificação, cartão de vacina e, se for o caso, comprovante da situação clínica, doença crônica ou da profissão. Para confirmar a profissão, o paciente precisa levar o crachá ou contracheque, entre outros documentos. Já questões de saúde devem ser comprovadas por meio de relatório médico ou de exames.

Todas as Unidades Básicas Saúde da Grande Cuiabá têm a vacina disponível.

Importância e efeito da vacina

O objetivo da vacinação, de acordo com o Ministério da Saúde, é reduzir as complicações, as internações e a mortalidade decorrentes das infecções pelo vírus da influenza.

“A Influenza e a Covid-19 continuam sendo ameaças para a saúde pública, especialmente para as pessoas não vacinadas. Assim este Ministério da Saúde recomenda aproveitar a oportunidade da campanha de vacinação contra a influenza para atualização da situação vacinal para Covid-19 nos grupos elegíveis”, diz.

O Ministério explica que a detecção de anticorpos protetores se dá entre duas a três semanas, após a vacinação e apresenta, geralmente, duração de seis meses a um ano. O pico máximo de anticorpos pode ocorrer após quatro a seis semanas, embora em idosos, os níveis de anticorpos possam ser menores.

A proteção conferida pela vacinação é de aproximadamente um ano, motivo pelo qual é feita anualmente.

“Os níveis declinam com o tempo e se apresentam aproximadamente duas vezes menores após seis meses da vacinação, em relação aos obtidos no pico máximo, podendo ser reduzidos mais rapidamente em alguns grupos populacionais, como em indivíduos institucionalizados, doentes renais, entre outros”, pontua.

O que é a influenza?

A gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório, provocada pelo vírus da influenza, que tem grande potencial de transmissão.

Existem quatro tipos de vírus da gripe: A, B, C e D. Os dois primeiros são mais propícios a provocar epidemias em ciclos anuais, enquanto o C costuma provocar alguns casos mais leves e o D não é conhecido por infectar ou causar doenças em humanos.

Ainda segundo o Ministério da Saúde, a vacinação anual contra a influenza permite, ao longo do ano, minimizar a carga do vírus e prevenir o surgimento de complicações, reduzindo os sintomas nos grupos prioritários além de reduzir a sobrecarga sobre os serviços de saúde.

 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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