"A mesma história tantas vezes lida"
De amores que sonhar sequer eu tento,
Deléveis como a breve brisa ou vento,
Que os repensar a vida nos convida.
Um dia amei assim, saí ferida,
Pois me entreguei inteira ao sentimento,
Profundas marcas hoje trago, ostento
E andejo estrada afora só, perdida.
Porém o amor é escasso, um bem precário,
Que o guardo na memória, em um sacrário,
Por ter sentido o seu fulgor e graça…
Pouco me importa a imensa dor que gera,
Se é feito de paixão ou de quimera…
"Tudo no mundo é frágil, tudo passa…"
Edir Pina de Barros
Fórum do Soneto, versos 1 e 14 de Florbela, soneto Fanatismo