O levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT) mostrou uma variação nominal de 1 centavo na segunda semana de março sobre a semana anterior. O valor reflete uma estabilidade no percentual sobre a primeira semana do mês, de 0,00%.
Segundo análise do IPF-MT, a menor volatilidade fornece condições de consumo mais favoráveis e permite que a população possa manejar melhor os gastos com a alimentação.
O superintendente da Fecomércio-MT, Igor Cunha, destaca que as principais variações nos preços ocorrem em cima de itens como o café, o tomate e a batata, que sofrem forte influência do fator climático. “Nas últimas semanas, a cesta tem sua variação muito ligada a itens que possuem incidência direta do clima, como a batata e o tomate, assim como itens de consumo mais dinâmico, que tem seus preços ajustados mais rapidamente”.
O tomate, por exemplo, que apresentou variação positiva de 2,84% sobre a semana anterior – registrando a terceira alta consecutiva –, pode ter relação com a desaceleração nas colheitas de verão e os plantios tardios, impactando na oferta e, consequentemente, nos preços do item.
Já a batata, que registrou recuo de -2,44%, teve o fator climático como ponto positivo, aumentando, assim, a oferta do item em algumas regiões produtoras, diante de uma maior colheita da safra atual e, consequentemente, demonstrando queda em seu preço médio.
Outro item em queda é o café em pó, de -3,94%, o que pode estar relacionado à diminuição da exportação brasileira de café em fevereiro, aumentando a disponibilidade do produto no mercado interno.
“Há um cenário positivo para a cesta básica, já que demonstrou equilíbrio após os crescimentos no início de 2023. Mesmo que o indicador tenha atingido um patamar mais alto que o averiguado em setembro de 2022, quando ainda não havia ultrapassado os R$ 700,00, essa estabilização pode significar um menor impacto em possíveis crescimentos”, acrescentou Igor Cunha.