Cidades

Ministra do Meio Ambiente rechaça transferência de parque para governo de MT

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, não recebeu com bons olhos o pedido do governador Mauro Mendes (União) para estadualizar o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães (67 km ao norte de Cuiabá).

A unidade de conservação foi leiloada pelo governo Jair Bolsonaro (PL) e atualmente é administrada pela Parques Fundos de Investimento de Participação e Infraestrutura, que pagou R$ 1 milhão à União. O contrato tem validade de 30 anos e prevê R$ 18,5 milhões em investimentos.

Contrário ao processo firmado pela União, Mendes tem peregrinado em Brasília em busca de conquistar a transferência do parque para Mato Grosso. Após fracassar nas negociações com o governo Bolsonaro, seu aliado político, o chefe do Executivo decidiu apelar à gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo o deputado estadual Júlio Campos (União), aliado do governo na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), a tratativa não deve ser fácil ao Palácio Paiaguás, já que Marina teria rechaçado a ideia.

“Não está muito fácil, vai depender da boa vontade da Marina Silva, que não recebeu com muito agrado essa possibilidade do governo estadual assumir a gestão do parque”, disse o parlamentar.

O Parque da Chapada dos Guimarães tem área de 32,6 mil hectares, sendo uma importante área de preservação do bioma cerrado. Na área estão nascentes de rios que formam o Pantanal, além de cachoeiras e sítios arqueológicos.

Mendes buscar garantir ao governo Federal que os cuidados e gestão da Chapada dos Guimarães forem transferidos ao Governo de Mato Grosso, serão investidos R$ 200 milhões nos próximos 4 anos. O montante é 11 vezes maior do que o ofertado pela concessionária, que prometeu investir R$ 18 milhões em 30 anos.

Além dos investimentos, se conquistar o parque, a administração estadual teria autonomia para fazer concessões dos pontos turísticos para exploração da iniciativa privada. Por suavez, Júlio Campos, aposta que a pressão da banda federal de Mato Grosso e a articulação com o próprio presidente Lula possam “comover” Marina Silva.

“Acredito que o presidente Lula, que é um presidente muito mais afável politicamente, negociará isso. Além disso, temos a pressão da bancada federal e o apoio da Assembleia, que poderá fazer o governo entender que a proposta feita pela empresa privada é indecente para os assuntos de Mato Grosso”, finalizou.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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