Novo procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, Deosdete Cruz Júnior, afirmou que trilhos do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) são como uma “ferida exposta” da corrupção. Ele também lamentou que a questão ainda não foi resolvida, em razão da disputa do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e governador Mauro Mendes (União), e afirmou que o Ministério Público irá atuar como puder em busca de uma solução.
“Esse problema não pode ficar assim, os trilhos são uma ferida exposta que a cidade tem, demonstrando um escândalo imenso de corrupção, de ineficiência do poder público. Quando a gente não consegue resolver a falta de entendimento entre as instâncias federativas atrapalha a vida do cidadão também”, afirmou.
Em relação à escolha do modal para Cuiabá e Várzea Grande, o procurador-geral disse que os membros do Ministério Público não devem opinar. Seu papel é de combater as ilegalidades, cabendo a “quem tem a legitimidade do voto popular” fazer as escolhas.
“Então, se para construir o BRT teve uma ilegalidade, para o VLT teve a delação premiada que fala que teve a situação de entrega de propina, essas coisas, aí o Ministério Público tem que fazer os processamentos necessários”, pontua.
Desde a definição da instalação do Bus Rapid Transit (BRT) o prefeito Emanuel Pinheiro se opôs à mudança de modal, defendendo a conclusão do VLT e buscando a Justiça. O chefe do MP lamentou a disputa e disse esperar que a questão se resolva em breve.
“Em relação ao BRT, a atual gestão do governo estadual entende que é o melhor, já está numa instância bastante avançada, o que nós podemos e esperamos é que haja um entendimento entre o Estado e o Município, que outras questões fiquem de lado para que a população tenha esse serviço funcionando o mais rápido possível. E volto a dizer, esse é o nosso papel de colaborar para que isso aconteça”.