Os envolvidos na invasão à sede do Congresso Nacional no dia 8 de janeiro foram identificados a partir das câmeras do circuito interno de segurança do Senado. Todos eles conseguiram escapar, antes de serem detidos pela Polícia Legislativa.
O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deve apresentar ainda nesta semana à Procuradoria-Geral da República uma nova representação para que investigue os 23 identificados.
Na semana passada, a PGR pediu ao Supremo Tribunal Federal a condenação de 39 pessoas apontadas como autoras pela destruição na sede do Senado Federal, além do bloqueio de R$ 40 milhões de bens dos alvos da acusação.
Até o momento, os nomes dos vândalos não foram revelados e constam em um inquérito do STF, sob incumbência do ministro Alexandre de Moraes.
Os golpistas podem responder por associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado pela violência e grave ameaça com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União, além de deterioração de patrimônio tombado.
DANOS
Conforme a Advocacia-Geral da União, os prejuízos ao erário causados pela ação de vândalos bolsonaristas às sedes dos Três Poderes são de:
R$ 7,9 milhões no Palácio do Planalto;
R$ 5,9 milhões no STF;
R$ 6,5 milhões no Congresso Nacional;
Essa conta não leva em consideração os danos às obras de arte e os presentes dados por chefes de Estado.
Bloqueios. A AGU solicitou à Justiça Federal do DF o bloqueio de R$ 18,5 milhões de pessoas e empresas suspeitas de terem financiado os golpistas – o pedido foi acatado.
Nesta terça (24), a AGU também solicitou o bloqueio de bens de mais 40 pessoas presas em flagrante durante os ataques às sedes dos três Poderes.