O presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o deputado federal diplomado, Abílio Júnior (PL), será responsabilizado por ter divulgado falsamente de que o salão verde da Congresso Nacional não teria sido depredado durante a tentativa fracassada de golpe de Estado por bolsonaristas.
Durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (16), Lira afirmou que Abílio e outros serão responsabilizados por divulgação de fake news sobre a depredação. "Todos que tiverem responsabilidade vão responder, inclusive parlamentares que andam difamando e mentindo com vídeos dizendo praticamente que houve inverdades nas agressões que a Câmara dos Deputados sofreu no seu prédio. Então esses deputados serão chamados a responsabilidade porque todos viram, as cenas são terríveis, violentas e gravíssimas", disse o parlamentar.
"Ele tem que ser chamado a responsabilidade porque de qualquer maneira é um parlamentar eleito e não pode estar divulgando fatos que não condiz com a realidade", completou.
Arthur Lira afirmou que após os ataques no último dia 8 de janeiro, uma equipe de 400 pessoas trabalharam a madruga e o dia 9 para que pudesse ser realizado uma sessão na Câmara dos Deputados para votação do decreto de intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal.
Abílio Júnior gravava um vídeo no salão verde do Congresso questionando a quebradeira que os bolosnaristas golpistas fizeram. Ele foi desmentido ao vivo durante sua live por uma mulher que se identificou como petista, e começou a gravá-lo, dizendo que o mesmo estaria mentindo. O vídeo viralizou nacionalmente, com críticas ao parlamentar.
Abílio Júnior é da geração bolsonaristas que usam as redes sociais para atacar os adversários políticos e a esquerda. Sempre polêmico, foi cassado enquanto vereador de Cuiabá. Disputou a eleição sub judicie, depois que conseguiu uma liminar no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), que suspendeu a decisão em primeira instância.
O julgamento do mérito deve ocorrer este ano. Caso a cassação seja confirmada, Abílio Júnior pode sofrer pedido de cassação na Justiça Eleitoral. Porém, as chances são remotas da perda de mandato. Contudo, ele poderá se tornar inelegível, o que impediria candidaturas futuras, como a de reeleição em 2026.