A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) voltou a receber verba do governo federal e informou que há R$ 20 mil disponíveis em caixa para a compra de alimentos pelo Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Silevestres (Cempas), responsável pelos cuidados de cerca de 300 animais do antigo zoológico, em Cuiabá.
O valor em caixa é referente ao orçamento de 2022 que estava bloqueado. A partir do dia 21 deste mês, quando virará o orçamento, devem ser disponibilizados novos valores referentes a este ano.
Nesta semana, a ONG ‘É o Bicho’ disse que foi comunicada pela universidade sobre a retomada da verba e encerrou a campanha de arrecadação de alimentos.
“Entregaremos o restante da demanda semanal de frutas e verduras em quantia até um pouco superior, o que deve suprir até a próxima semana. Todos os freezers estão cheios de carne e peixe, com o suficiente para mais duas ou três semanas. Para suprir esse mesmo período de tempo tem também leite zero lactose e ovos”, informou.
Durante um mês, ONGs e associações se mobilizaram para conseguir doações e alimentar os bichos, incluindo onças-pintadas e jacarés, em recuperação. A gerente do antigo zoológico, Sandra Helena Ramiro Correa, afirmou, na época, que os animais do abrigo poderiam passar fome se não conseguissem doações ou a viabilização da verba.
As despesas semanais no local costumam ficar em torno de R$ 30 mil e, sem recurso, todas as atividades e a alimentação ficam prejudicadas.
Bloqueios
Na quinta-feira (8), a UFMT anunciou que irá pagar as bolsas e auxílios aos estudantes após uma liberação parcial dos recursos pelo Ministério da Educação (MEC). Ao todo, são cerca de R$ 1,4 milhões repassados à instituição depois de terem sido contingenciados.
Contudo, a universidade acumula um déficit de R$ 5,2 milhões, o que compromete serviços em geral e todas as atividades acadêmicas, além de afetar diretamente os estudantes que precisam desse auxílio para continuar os estudos.
O novo bloqueio de gastos no Orçamento de 2022 foi feito no dia 22 de novembro, na ordem de R$ 5,7 bilhões, o que afetou todas as universidades e institutos federais no país. Na UFMT, o impacto ficou em torno de R$ 13,7 milhões.