Procurador-geral de Justiça do Ministério Público Estadual (MPE), José Antônio Borges, disse que governo do Estado “abriu os olhos para realidade” ao comentar sobre as manifestações golpistas que ocorriam em Mato Grosso.
Nesta semana, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que as Forças de Segurança Estaduais desmontassem os acampamentos bolsonaristas em frente aos quarteis para evitar possíveis atos terroristas contra o patrimônio público, assim como ocorreu no último domingo (9) em Brasília.
Para o chefe do MP, o “recado foi dado” aos governadores, após Ibaneis Rocha ser afastado do comando do governo do Distrito Federal, por ter supostamente ter ficado inerte aos atos de vandalismo promovido por radicais.
“Há uma ordem do governador, o secretário de Segurança já demonstrou que vai cumprir isso, como foi ontem. No dia da tentativa de golpe todas as pistas foram desobstruídas. Acho que agora o governo do Estado abriu os olhos pra realidade e o recado foi dado com o afastamento do governador de Brasília”, disse durante a posse da nova diretoria da Polícia Judiciária Civil.
Nesta quinta-feira (12), o plenário virtual do STF começou a julgar se mantém decisão de Moraes, que determinou que as autoridades públicas de todo o país impeçam qualquer tentativa de bloqueio de vias públicas ou rodovias. A proibição também vale para invasão de prédios públicos ou bloqueios que interrompam o acesso a estes edifícios.
No fim da tarde desta quarta (11), Estado e prefeitura articularam um grande esquema de segurança contra a "Mega Manifestação Nacional", que estava prevista para acontecer na Praça das Bandeiras, no fim da tarde, em Cuiabá.
Contudo, diante da forte chuva que caiu na Capital e do grande aparato policial, nenhum bolsonarista foi visto rondando pela praça ou nas imediações no horário marcado para a concentração, às 18 horas.
“Todo mundo vê tudo isso de forma perplexa, já era uma tragédia anunciada, basta lembrar meu discurso de posse onde eu já havia colocado isso e veio a se confirmar. Agora, as pessoas que financiaram isso ai, os chamados patriotas, ou financiadores, vão responder pelos seus atos”, disse.