Jurídico

Juiz condena Paccola a 4 anos de detenção por alterar dados de arma em sistema da PM

O vereador cassado, tenente-coronel Marcos Paccola, foi condenado pela Justiça a 4 anos e seis meses de reclusão, pelos crimes de falsidade ideológica e inserção de dados falsos em sistema de informações.

A sentença é do juiz Marcos Faleiros, da 11ª Vara Criminal de Cuiabá (Vara da Justiça Militar), que ainda condenou o 2° tenente da Polícia Militar, Cleber de Souza, a dois anos de reclusão.

A decisão foi dada numa ação oriunda da Operação Coverage, que apurou suposto esquema na qual os militares teriam participado para fazer alterações no histórico de arma de fogo para favorecer um suposto grupo criminoso.

O magistrado determinou que o cumprimento das penas deverá ser feito, inicialmente, em regime aberto.

Faleiros deixou de decretar a perda do cargo dos réus.

Coverage

Cinco oficiais da Polícia Militar foram denunciados pelo Ministério Público do Estado (MPE) pelos crimes de organização criminosa, embaraço de investigação em três inquéritos, falsidade ideológica, fraude processual e inserção de dados falsos em sistema de informações.

Consta na denúncia, que os oficiais militares utilizaram-se de seus cargos e funções de relevância para fomentar esquema criminoso voltado à adulteração de registros de armas de fogo, mediante falsificação documental e inserção de dados falsos em sistema informatizado da Superintendência de Apoio Logístico e Patrimônio da Polícia Militar.

Uma das armas de fogo que teve o registro adulterado, adquirida por um dos denunciados, segundo o Ministério Público, teve como objetivo ocultar a autoria de sete crimes de homicídios, sendo quatro tentados e três consumados, ocorridos entre os anos de 2015 e 2016, praticados pelo grupo criminoso conhecido como “Mercenários”.

O órgão ministerial também apresentou a correlação das ações ilícitas dos denunciados com as investigações da Operação “Assepsia”, a partir da análise dos dados extraídos do aparelho celular do tenente Cleber de Souza Ferreira, apreendido durante o cumprimento de buscas e apreensões realizadas no âmbito da referida operação.

Segundo o MPE, em uma das conversas por WhatsApp do tenente com a sua namorada, ele manifesta preocupação em resolver duas ocorrências relacionadas à apreensão de uma arma e de 86 celulares apreendidos e escondidos em um freezer localizado no interior da Penitenciária Central do Estado.

Redação

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