Pausa no corre da COP27 à Copa do Mundo e, depois, Natal nesse mundo de seu Deus. Porque meu, ele não é. Se fosse, tinha deixado a casta extraterrestre fora dessa mixórdia que grassa por aqui.
Já devia ter mencionado, mas faltou espaço na mensagem anterior. Sabemos que ele é limitado para não causar cortes na transmissão pelo raio de luar que passa pela janela invade sua cela. É o preço de sua reclusão voluntária do outro lado do túnel, cronista.
O tempo de contato está cada vez mais curto para a quantidade de informações. Foi por isso que omiti na última missiva os objetos avistados durante vários dias nas rotas aéreas do Sudeste para Porto Alegre. Tem tanta coisa (ainda) acontecendo…
Coisas terrenas nada espaciais. Uma delas, inclusive, captada graças ao nosso contato osmótico. Quantas informações ele agregou ao banco intergaláctico de dados da nave mãe. Como definir “Perdeu, mané”? De New York, onde o Ministro Barroso, do Supremo Tribunal Federal, lascou a expressão respondendo a assediadores na entrada de um compromisso, às quebradas coloquiais! Confesso que passei por Florianópolis, onde “manezinhos” são os locais. Barroso se referia aos manés que se recusam a entender que depois de jogo feito e a pedra vencedora cantada o que resta é esperar a próxima rodada.
É nessa levada alucinada que a sintonia foi mudando. De Vandré e “Pra não dizer que não falei das flores”, numa utilização equivocada da canção da esquerda (eles dizem esquerdista, lado oposto de direitista) passaram a arranhar o disco das paradas militares nos acampamentos nos QGs. Hinos Nacional, à Bandeira, da Independência, Exército, Marinha, Aeronáutica e até o hino da FEB, que foi à Itália lutar contra o nazismo e o fascismo!
A movimentação persiste e fica violenta nos bloqueios e interdições nas estradas. Isso mesmo, nas federais. Amiga, que crueldade! Atrapalharam os alunos que estavam indo fazer o ENEM. Mascarados queimaram ambulância e depredaram a base da Rota do Oeste. Sinto muito informar que Mato Grosso desponta no ranking do terrorismo, junto com Santa Catarina.
O agro e cia, realmente, são pops. Vários “organizadores” estão com suas contas bloqueadas. E tem reação. Sabe o véio que se veste de periquito? Acaba de anunciar o término de todos os contratos esportivos. O maior dele com o Flamengo.
Sei que a notícia a deixa feliz. Já posso pensar em providenciar uma nova camisa do time do seu coração? Lembro que quando sugeri o presente, a resposta foi: “Com essa logo não se dê ao trabalho. Não troco a minha Lubrax/Petrobrás por uma marca qualquer”.
Bom, já que estamos no quesito esportivo, pluctplacteio direto para Qatar e a Copa do Mundo de Futebol. Sem cerveja, poucas mulheres e onde o arco-íris não existe (talvez porque não chova?). Ele não pôde tremular nem na bandeira de Pernambuco, arrancada das mãos de um jornalista de Recife.
Loucura, cronista, logo no início da competição. Uma delas. Outra, veio com o resultado da primeira rodada do torneio onde a Argentina, de Messi, estreou perdendo de virada para a Arábia Saudita. O sheik até declarou feriado no país. Parece miragem do deserto, truque da imaginação?
Ou fake News como a do delírio coletivo de Porto Alegre onde um grupo vestido de verde a amarelo formou uma roda e, colocando celulares na cabeça fazia as lanternas piscarem. Diz que era uma gravação com um drone. Teve quem dissesse que estavam tentando um contato imediato para pedir ajuda contra a “ameaça comunista” do presidente legitimamente eleito aos generais intergalácticos.
A cena rodou o mundo, mas não sensibilizou as esferas superiores. Sem “pescarem” a desinformação, veio a resposta do céu baseada no livro de Deus (o seu): “A verdade vos libertará, mas depois do hexa do país do futebol”.
*Valéria del Cueto é jornalista e fotógrafa. Crônica da série “Fábulas Fabulosas” do SEM FIM… delcueto.wordpress.com