Ciro Gomes (PDT) não deve mexer uma palha para ajudar Lula (PT) a vencer Jair Bolsonaro (PL), caso a eleição não seja resolvida no dia 2 de outubro e vá ao segundo turno. Ele já afirmou a interlocutores que deve sofrer intensa pressão para ao menos declarar voto no petista -mas que resistirá e repetirá o comportamento de 2018, quando se ausentou do processo eleitoral.
Naquele ano, Ciro foi para a Europa e retornou na véspera da eleição, declarando voto em Fernando Haddad (PT) no dia do pleito, antes de encerrada a votação.
Lideranças do PT, por seu lado, afirmam que Ciro ultrapassou todos os limites, impossibilitando qualquer tentativa de diálogo.
Segundo o Datafolha, 43% dos eleitores de Ciro Gomes declaram que vão votar em Lula no segundo turno, caso ele não consiga liquidar a fatura na primeira rodada. Outros 28% dizem que vão optar por Jair Bolsonaro.
O percentual caiu em relação à pesquisa do instituto divulgada na semana passada -em que 51% dos eleitores de Ciro disseram que votariam em Lula no segundo turno.
A queda coincidiu com a intensificação da campanha pelo voto útil no petista.