Um foragido da Justiça de Mato Grosso, por um homicídio ocorrido há dois anos, no município de Santa Terezinha, no nordeste do estado, foi preso nesta sexta-feira (02.09) no estado do Pará. O mandado foi cumprido na cidade de São Félix do Xingu, em uma ação conjunta entre as polícias Civil mato-grossense e paraense.
C.G. C., de 42 anos, estava com a prisão preventiva decretada pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Vila Rica, desde que foi identificado pela Polícia Civil como autor do homicídio que vitimou Édio Martins da Cruz, 52 anos, conhecido como ‘Cabelinho’, que morava e trabalhava na gleba Carlos Peliciolli.
A prisão do foragido foi possível após a união de esforços do Núcleo de Inteligência de Confresa e da Delegacia de Polícia de Santa Terezinha, em conjunto com o Núcleo de Inteligência Policial do Pará e a Delegacia de Polícia de São Félix do Xingu, onde o autor do homicídio foi localizado, após 26 horas de buscas e diligências.
A ação faz parte da Operação Ámon, nome de origem grega, que significa “o oculto”, "o escondido”. A ação é desenvolvida pelo Núcleo de Inteligência da Regional de Confresa para localização e cumprimento de mandados de prisão de foragidos da Justiça.
Homicídio
O crime ocorreu em junho de 2020, na zona rural do município de Santa Terezinha. Conforme a investigação, Édio Martins foi morto com golpes de faca pelo autor, que após o homicídio, com a ajuda de outra pessoa, jogou o corpo da vítima no rio Beleza.
Os policiais civis de Santa Terezinha receberam a informação de que havia um corpo no rio Beleza. Foi acionada a equipe de perícia da Politec e constatado que o corpo tinha perfurações de arma branca.
Durante as investigações, os policiais civis identificaram o corpo como de Édio Martins da Cruz, 52 anos, conhecido como ‘Cabelinho’, que morava e trabalhava em um sítio na gleba Carlos Peliciolli. O vilarejo está localizado na divisa do estado com o Pará e tem histórico de desavenças e brigas por terras.
Após diversas diligências na comunidade, os investigadores chegaram à motivação do crime e identificaram os autores do homicídio. A vítima não tinha parentes na região e era uma pessoa querida pelos moradores do vilarejo.
A motivação para o crime foi um desentendimento, após autor e a vítima ingerirem bebida alcoólica, porque o investigado queria “pegar” 10 alqueires de terra de propriedade da vítima. Depois do crime, ele fugiu de Santa Terezinha.
Com base nas evidências coletadas, o delegado responsável pela investigação à época, Luís Felipe Nascimento Leoni, representou pela prisão preventiva dos autores do homicídio. O outro envolvido no crime foi preso ainda em 2020 e encaminhado à cadeia de Vila Rica.
