A Justiça Eleitoral do Paraná cumpriu na manhã deste sábado (3) busca e apreensão na casa do candidato ao Senado pelo estado Sergio Moro (União Brasil), ex-ministro da Justiça e Segurança Pública no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) e ex-juiz federal. A determinação é da última sexta-feira (2) para que fossem recolhidos materiais irregulares de campanha, mas nada foi apreendido.
O pedido do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) ocorreu em uma representação da Federação Brasil da Esperança, composta pelo PT, PCdoB e PV. O endereço foi informado à Justiça Eleitoral como sendo o do comitê central de campanha.
Em nota, o advogado Gustavo Guedes, que representa Moro, afirmou que a busca ocorreu sob alegação de que os nomes dos suplentes no material de campanha não estarem no tamanho padrão exigido. "Todavia, isso não corresponde com a verdade. Os nomes estão de acordo com as regras exigidas, sendo assim, a equipe jurídica pedirá a reconsideração da decisão", diz o texto.
A nota afirma, ainda, que "a busca e apreensão foi feita na residência, uma vez que o endereço foi indicado no registro da candidatura" e que, no local, nada foi apreendido.
Moro pretendia disputar o cargo de presidente da República neste ano pelo partido Podemos. Em março, no entanto, ele anunciou que estava desistindo da disputa e que iria se filiar ao União Brasil. Posteriormente, houve a decisão de tentar a única cadeira ao Senado pelo Paraná, seu estado de origem e onde atuou como juiz federal. No local, compete contra o senador Álvaro Dias (Podemos), que já foi seu defensor e aliado.