O governador Mauro Mendes (União) que encaminha para o seu projeto de reeleição ignorou as reclamações do senador Wellington Fagundes (PL), que se posiciona contrário à proposta de palanque aberto para o Senado e apoio a todos os presidenciáveis.
"Primeiro o palanque é meu. Então ninguém pode dizer a mim, como eu não posso dizer a ninguém o que se deve fazer. Essa proposta trazida a mim, não foi uma proposta minha que eu fiz. Mas é uma proposta bastante razoável", disse o governador durante o ato de apoio de 140 prefeitos para a sua reeleição nessa terça-feira (12).
Mendes afirmou que a proposta não é invenção e várias lideranças já vinham propondo essa liberação para que os partidos da base aliada pudessem lançar suas candidaturas ao governo. "Isso já uma cultura da política brasileira. Agora, é claro que cada um quer o melhor cenário pra si, e eu também quero", completou.
Ele também afirmou que a proposta de palanque aberto não mudará a sua posição de defender a reeleição do presidente Jair Bolsonaro, mas que qualquer partido poderá fazer campanha para outros presidenciáveis. A declaração foi dada em resposta a Wellington Fagundes, que disse que a única aliança que o PL encaminhou foi com ele como candidato ao Senado na chapa com o governador.
Wellington Fagundes está em Brasília onde deve se reunir com o general Braga Netto, candidato a vice de Bolsonaro, e com o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto.
A proposta de palanque aberto ocorreu após a tentativa de evitar a debandada do PP, PSD e PSB de seu palanque, já que Mendes caminha para ter Wellington Fagundes como seu senador. Porém, o deputado federal Neri Geller (PP) e o senador Carlos Fávaro (PSD) fecharam apoio ao ex-presidente Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) para o Planalto.
Já Natasha Slhessarenko (PSB), que também é pré-candidata ao Senado, não vê problemas em palanque aberto e diz que não apoiará nem Lula e Bolsonaro.