O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), acusou o senador Carlos Fávaro (PSD) e o deputado Neri Geller (PP), de estarem usando o nome da primeira-dama Márcia Pinheiro (PV) e a federação PT, PCdoB e PV, para pressionar o governador Mauro Mendes (União).
Bastante irritado, Emanuel afirmou que os dois prometeram romper com o governador Mauro Mendes na quinta-feira (7), e solicitaram o seu apoio para o projeto de Neri ao Senado. Emanuel deu o apoio. Porém, Neri deixou a reunião com o governador não anunciado oficialmente que não estaria mais com Mauro Mendes na disputa eleitoral, e sim que estava avançando nas negociações com a federação.
"Estou até agora esperando o rompimento público. O que eu vi foi uma chantagem pública utilizando agora a minha esposa. Eles estão extrapolando. Quando é comigo, como aconteceu em 2020, não tem problema. Eu relevo. Agora estou envolvendo a minha esposa, a primeira-dama que não tem porque entrar nessa luta. Ela não faz questão de ser candidato, ela quer contribuir. Ela quer continuar contribuindo como ela faz com Cuiabá em um grande trabalho na área social e em defesa da mulher. Um grande trabalho sem ocupar nenhum público. Agora ela vem sendo usada como a federação. Mas eu não posso falar pela federação como ela vem sendo usada para servir de chantagem para o governador Mauro Mendes", disse nesta sexta-feira (8) demonstrando bastante irritação.
"Acabou. Neri Geller, Carlos Fávaro estão me ligando e eu não vou atender. Se eles quiserem o meu apoio como prefeito da capital, eles que rompam até às 18h de hoje com o Mauro Mendes publicamente. Se não esqueçam da minha vida. Esqueçam da minha vida que eu vou continuar na política do mesmo jeito, Emanuelzinho candidato à reeleição está muito bem pelo trabalho dele e nós vamos apoiar candidato ao governo, ao senado, da federação", completou.
As declarações de Emanuel Pinheiro podem criar uma crise entre Geller e a federação. Porém, o pré-candidato ao Senado, tratou de aparar as arestas e se reuniu com a federação e o ex-prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz (MDB), praticamente no mesmo horário em que o prefeito dava a entrevista.
No encontro, Geller reafirmou apoio a Lula e manteve um pré-acordo com a federação, que deciou claro que não existe a menor possibilidade de caminharem com Mauro Mendes.
Já em relação ao governo, o grupo aguarda a decisão do MDB, já que Percival se tornou uma alternativa ao Palácio Paiaguás. A pré-candidatura da ex-reitora da UFMT, Maria Lúcia (PCdoB) também permanece de pé.