O procurador-geral da Câmara dos Vereadores de Cuiabá, André Luiz de Andrade Pozetti, explicou que o vereador tenente-coronel Paccola (Republicanos) poderá ter o mandato cassado após ter matado o agente do socioeducativo Alexandre Miyagawa de Barros, 41, apelidado de Japão, na noite de sexta-feira (1), na Capital.
Pozetti explicou que, após o fato decorrido, primeiramente, a Câmara precisa ser notificada. Na sequência, o Legislativo acompanhará a Polícia Civil e o Ministério Público para saber se a tese do parlamentar será mantida. No entanto, caso os investigadores apontem para uma execução, por exemplo, a Comissão de Ética da Casa de Leis cuiabana poderá instaurar uma investigação paralela.
“É difícil falar em futurologia. Mas, caso o MP, por exemplo, não considere como legítima defesa, ele pode ter o mandato cassado. Mas, para isso acontecer é necessária toda uma investigação, ver os depoimentos. A Câmara deverá ser notificada na segunda-feira (4) e a investigação deverá ser iniciada. Vamos aguardar”, explicou o procurador.
Pozetti ainda detalhou que Paccola, em nenhum momento, acionou a procuradoria da Câmara após a morte de Japão. O vereador chegou a prestar depoimento na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), mas foi liberado pelo delegado Hércules Batista Gonçalves.
Mesa Diretora não se pronuncia
A reportagem entrou em contato com o presidente da Câmara dos Vereadores, Juca do Guaraná (MDB), mas as nossas ligações não foram atendidas. Procurada, a assessoria do Legislativo informou que só se pronunciará sobre os fatos na segunda-feira (4). O presidente da Comissão de Ética, Lilo Pinheiro (PDT), também não quis se pronunciar.