O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar, nesta quarta-feira (15), ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele afirmou, sem apresentar provas, que os magistrados tentam impedir sua candidatura à reeleição. O atual mandatário aparece em segundo lugar nas pesquisas eleitorais.
"Querem impedir [minha candidatura], não há dúvida. Vão conseguir? Vão fazer tumulto, podem até cassar meu registro, alguns dias depois [inaudível] desfaz, mas fica a imagem no Brasil todo. Para desgastar, para ajudar o Lula. O Lula é o candidato desses três. Eu não tenho dúvida disso. O Lula é o candidato do Fachin, do Barroso e do Moraes", disse o presidente, em entrevista à jornalista Leda Nagle.
Bolsonaro afirmou que os magistrados Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes jogam fora das quatro linhas da Constituição. "É uma obsessão por tentar me tirar daqui ou me tornar inelegível ou fazer com que eu perca as eleições."
Na entrevista, o presidente contou que Moraes, futuro presidente do TSE a partir de agosto, é "muito ligado" ao ex-governador paulista Geraldo Alckmin, vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que aparece em primeiro lugar nas pesquisas.
"Está bem acertado. A preocupação de Moraes é fake news, pelo amor de Deus. A preocupação de Moraes não é com verdade, ele quer arranjar, como vem arranjando, maneiras de desgastar o meu governo", disse.
O chefe do Executivo voltou a defender o voto auditável e levantou suspeitas sobre o sistema eleitoral brasileiro, que o elegeu em 2018. Bolsonaro sempre diz que ganhou o pleito no primeiro turno, mas não apresentou provas até o momento. O presidente afirma acreditar que haverá o voto impresso nas eleições de 2022.