Cidades

Policiais penais voltam a paralisar atividades na Penitenciária Central de Cuiabá

Os policiais penais suspenderam nesta quarta-feira (25) os serviços não essenciais na Penitenciária Central do Estado (PCE) como uma forma de protesto, de acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindispen), Amaury Neves.

As visitas, atendimentos a advogados, recebimento de presos e saída deles ao trabalho estão suspensas durante esse período de protesto. Segundo ele, a mobilização segue até este sábado (28).

A categoria cobra melhores condições na estrutura do trabalho e falta de trabalhadores efetivos na área.

"O protesto é devido a falta de efetivo na unidade que está comprometendo a segurança da unidade. Estamos fazendo o protesto devido a falta de estrutura para o trabalho", afirmou.

Além disso, a classe também não concorda com a proibição do uso de celulares na área administrativa da unidade prisional. A Secretaria de Segurança Pública (Sesp) proibiu a entrada de celulares e o uso dos aparelhos fora do horário dos agentes penitenciários.

"Dentro dessa falta de estrutura proibiram o uso de celular para o policial penal dentro da área administrativa. Concordamos que seja proibido o uso de celular na carceragem da unidade, mas na área administrativa achamos um pouco arbitrário e desequilibrado, pois nessa área não temos contato com o preso", explicou.

Segundo ele, o uso do aparelho é feito para estabalecer a comunicação entre as torres de vigilância, com equipes de escolta e de operações intra e extra muro. "Também usamos para comunicar algum familiar para dizer que o preso está doente ou que precisa de algum socorro rápido. Estão nos privando disso", disse.

O meio de comunicação tradicional tem sido insuficiente, segundo ele. "São precários e as frequências são copiadas por facções criminosas, infelizmente", contou.

Greve dos servidores

No final de 2021 até o começo deste ano, os servidores penais fizeram uma paralisação que durou mais de um mês. Algumas unidades se recusaram a receber presos durante o protesto e o movimento chegou a ser judicializado pelo governo estadual.

Atualmente são mais de 2,8 mil servidores penais no estado, distribuídos em 46 unidades prisionais. À época, eles cobravam uma recomposição salarial referente aos últimos 10 anos e com previsão de equiparação salarial de forma gradativa.

Após várias idas e vindas em negociações, a categoria voltou ao trabalho normalmente. Porém, nesta quarta-feira (25), voltaram a manifestar insatisfação com as condições da área.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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