Cidades

Orientação e acesso a crédito transformam a vida das pessoas, acredita Sicredi

O Sicredi está presente em lugares onde outras instituições financeiras têm pouco interesse de estar. Em Mato Grosso, 47 municípios têm somente com o Sicredi como instituição financeira, número que passa de 200 no território nacional. São cidades com baixa densidade demográfica, e infraestrutura precária de transporte, comunicação e outros serviços essenciais. A chegada de uma cooperativa de crédito nesses lugares tem a capacidade de ajudar no desenvolvimento local e na melhoria da qualidade de vida das pessoas.

A presença do Sicredi permite aos associados e à comunidade conhecer e participar do cooperativismo de crédito e dos seus benefícios. A inclusão financeira é outro fator relevante. O acesso a produtos e serviços financeiros, com taxas justas, permite que associados realizem sonhos e prosperem em seus negócios.

O impacto da bancarização nos pequenos municípios pode ser mensurado. Estudos encomendados e realizados pelo Sicredi mostram isso. Um deles foi conduzido pelo especialista em Microeconomia Aplicada e Desenvolvimento Econômico, Juliano Assunção, pesquisador do Departamento de Economia da PUC-Rio. Conforme a pesquisa, as cooperativas conseguem operar em cidades com PIB a partir de R$ 79 milhões, enquanto para os bancos públicos é necessário um PIB mínimo de R$ 146 milhões e, para um banco privado, R$ 220 milhões.

Ainda conforme o estudo, enquanto bancos tradicionais têm em média um limite mínimo de 8 mil habitantes para abrir uma agência, uma cooperativa de crédito tem capacidade de abertura em municípios a partir de 2,3 mil habitantes. No Sicredi, especificamente, a localização das agências físicas comprova o compromisso de levar o cooperativismo de crédito verdadeiramente para todos. Nas regiões Centro-Oeste e Norte algumas características relevantes são que 50% estão em municípios com até 12 mil moradores; 50% estão a mais de 285 km das capitais, o que traz conveniência; e 17% ficam em municípios de baixa urbanização.

“A pesquisa mostrou que o cooperativismo de crédito impulsiona a inclusão financeira, leva crédito e outros serviços financeiros para a população de municípios menores, mais rurais e afastados das capitais. Estamos presentes fisicamente nesses municípios e também digitalmente, já que disponibilizamos soluções e tecnologias para que o associado faça suas operações pelo celular, tablet ou computador, em suas contas digitais”, comenta o presidente da Central Sicredi Centro Norte, João Spenthof.

Outro estudo, realizado pela equipe econômica do Sicredi, reforça a capacidade que as cooperativas têm de gerar valor e impactar munícipios menores. A equipe de economistas da instituição financeira cooperativa desenvolveu o Índice de Presença Bancária (IPB), que reflete a probabilidade de não se ter uma agência em determinada cidade, e os Índices Municipais de Bancarização (IMB) relativo e absoluto, que conseguem, a partir do IPB, demonstrar o nível de penetração das instituições em municípios de difícil atuação, assim como mostrar a contribuição agregada da presença. Os resultados reforçaram a capacidade das cooperativas de crédito de operar em locais de mais difícil bancarização e transformar a vida das pessoas.

É o caso da produtora rural Nadir Lindenmayer, 58 anos, de Água Boa. Está em Mato Grosso desde 1970 e apesar de ser associada do Sicredi desde 2004 mantinha o mínimo relacionamento com a cooperativa por medo de se endividar e ter que vender o pouco que tinha para pagar o compromisso financeiro, como aconteceu com os irmãos. Por muitos anos trabalhou para os outros, e quando recebeu do pai uma propriedade com 185 hectares como herança decidiu que ia mudar de vida.

“Cheguei no sítio com 17 reais e uma bicicleta. Aqui não tinha nada, nem água, nem luz e nem moradia. Tivemos que construir tudo do zero. E a única vez que tinha contratado crédito na cooperativa foi no valor de R$ 1 mil, para manutenção da casa. Paguei tudo certinho. E daí quando recebi a propriedade tomei coragem e fui na cooperativa me orientar”, conta ela ao dizer que o gerente a apresentou o Pronaf Alimentos.

A solicitação do crédito foi aprovada e o gerente foi pessoalmente no sítio dar a boa notícia. “Nem acreditei. Na época (2011) consegui R$ 113 mil e investi na compra de 80 cabeças de gado”, lembra ela ao afirmar que hoje cria, além de bovinos (recria e engorda), galinhas e porcos, e cultiva alimentos como frutas, verduras e legumes, que vende na região conforme a produção.

“Com o apoio e a orientação do Sicredi consegui estruturar o sítio. Hoje temos casa, galpão, um curral pequeno para tirar leite das vacas, chiqueiro em alvenaria, carro, motos, trator, água, gerador de energia para não faltar água para o gado. A propriedade é toda em cerca nova. Comprei até um caminhão pro meu filho trabalhar. Se não fosse o Sicredi me orientar e me encorajar, não sei o que teria tudo isso”. O próximo sonho a ser realizado por dona Nadir é construir um curral para o gado. “Para não depender mais da ajuda dos vizinhos. E o Sicredi vai me ajudar novamente”, planeja ela.

Diferenciais como taxas justas, relacionamento próximo, atendimento atencioso e orientativo junto aos associados, além dos benefícios proporcionados à comunidade com projetos e programas sociais tornam o Sicredi e o cooperativismo de crédito uma alternativa em instituição financeira que rende um mundo melhor, para todos.

Cidades de MT onde o Sicredi é único

Dom Aquino, Nova Brasilândia, São Pedro da Cipa, Santo Antonio do Leste, Nortelândia, Nova Marilândia, Porto Esperidião, Santo Afonso, Glória D'oeste, Curvelândia, Denise, Porto Estrela, Figueirópolis D'oeste, Salto do Céu, Lambari D'Oeste, Conquista D'Oeste, Nova Lacerda, Reserva do Cabaçal, Vale de São Domingos, Indiavaí, São José do Xingu, Bom Jesus do Araguaia, Santa Cruz do Xingu, Cocalinho, Alto Boa Vista, Santa Terezinha, Ribeirãozinho, São José do Povo, Santa Rita do Trivelato, Itanhangá, Nova Maringá, Alto Paraguai, Acorizal, União do Sul, Santa Carmem, Nova Guarita, Nova Santa Helena, Novo Mundo, Carlinda, Castanheira, Cotriguaçu, Novo Horizonte do Norte, Nova Bandeirantes, Colniza, Apiacás, Nossa Senhora do Livramento  e Barão de Melgaço.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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