Água, frutas, verduras e atividades físicas são aliados do intestino*
Campanha reforça a importância de conscientizar a população sobre o câncer colorretal. Também conhecido como câncer de cólon e reto, o tumor afeta a parte do intestino grosso
O câncer de intestino – também conhecido como câncer colorretal ou de cólon e reto – é o terceiro tumor mais frequente no Brasil. Dados mostram que mais de 40 mil brasileiros podem precisar de tratamento para o câncer de intestino até o final deste ano. Para reduzir a incidência de novos casos, a campanha deste mês foi intitulada Março Azul Marinho, que promove ações de conscientização sobre a doença.
O responsável da estimativa apontada acima é o Instituto Nacional de Câncer (INCA), ao mostrar que – para cada ano do triênio (2020-2022) –, mais de 20,5 mil homens e 20,4 mil mulheres podem desenvolver o câncer.
Hábitos como tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas em excesso, alimentação não saudável (ultraprocessados, embutidos), pessoas com idade igual ou acima de 50 anos e obesidade têm potencializado a incidência da neoplasia entre os brasileiros.
A campanha dá visibilidade aos comportamentos de risco, os sintomas da doença, cuidados e preventivos, além de ressaltar a importância de um diagnóstico precoce.
“O mês dedicado ao câncer colorretal levanta questões importantes sobre a prevenção e a triagem da doença. A divulgação dessas informações facilita o acesso da população a informações de extrema importância para um tratamento adequado”, ressalta a médica coloproctologista Cooperada da Unimed Cuiabá, Dra. Fernanda Barros.
Fatores comportamentais contribuem para o surgimento da doença
Na previsão do INCA de que 40 mil novos casos de câncer de intestino podem ser diagnosticados até o final de 2022, o instituto também faz um alerta: do total previsto, quase 30% poderão ser evitados só com mudanças de hábitos.
“Fatores comportamentais, como má-alimentação, tabagismo e inatividade física são considerados de risco e, infelizmente, são muito presentes na população brasileira”, alerta a médica Fernanda Barros.
A especialista lembra que algumas mudanças na rotina alimentar e inclusão de hábitos saudáveis podem evitar o surgimento da doença. “É importante ressaltar que os casos que têm origem no comportamento, são passíveis de modificação, diferentemente dos fatores genéticos, que são imutáveis. A obesidade, por exemplo, é um fator que, além de aumentar o risco do desenvolvimento do câncer de intestino, apresenta um prognóstico pior do que os pacientes não obesos”, explica a médica.
Além da obesidade, o sedentarismo, aumento da ingestão de alimentos crus, ultraprocessados e carne vermelha, consumo excessivo de bebida alcóolica e tabagismo são também fatores de risco relacionados ao comportamento que podem acarretar o câncer colorretal.
Apesar de maioria dos casos de câncer colorretal serem esporádicos, uma parcela dos diagnósticos ocorre por fatores genéticos. “Esses fatores de risco genéticos podem conferir um risco suficientemente alto. Saber identificar realmente os fatores que indicam a antecipação da triagem e permite iniciar um tratamento mais precoce”, pondera Fernanda.
Fatores genéticos que contribuem para o desenvolvimento da doença incluem: pessoas com histórico de câncer de cólon na família, doenças inflamatórias do intestino, polipose adenomas, exposição à radiação ionizante.
SINTOMAS
ü Sangue nas fezes;
ü Alterações dos hábitos intestinais (diarreia ou prisão de ventre persistente);
ü Desconforto abdominal;
ü Cólica;
ü Dor na região anal;
ü Fraqueza;
ü Anemia e emagrecimento repentino.
PREVENÇÃO
ü Procure manter um peso adequado;
ü Tente incluir uma atividade física em sua rotina;
ü Dê preferência a uma alimentação mais saudável;
ü Reduza ao mínimo o consumo de embutidos e carne vermelha;
ü Não fume e nem se exponha ao tabagismo.
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Viver Bem
Aquarela da Saúde é uma ação do Programa Viver Bem do Núcleo de Medicina Preventiva da Unimed Cuiabá. O programa presta informações que auxiliam na prevenção de doenças e no tratamento de quem já foi diagnóstico.
Saiba mais em www.unimedcuiaba.coop.br ou pelo telefone 3612-8800.