O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sinjusmat) recusou a proposta do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) em relação ao reajuste salarial de 13% e o aumento do auxílio-saúde para a categoria. A decisão foi tomada durante assembleia geral virtual, realizada na tarde desta segunda-feira (21).
Em entrevista ao , o presidente da Sinjusmat, Rosenwal Rodrigues dos Santos, afirmou que além da negativa, os servidores decidiram encaminhar uma contraproposta reivindicando um reajuste salarial de 25% e aumento de R$ 2 mil no pagamento do auxílio-saúde.
"Nós não aceitamos a proposta de 13% e indicamos a possibilidade de um acordo em cima de 25%. Já no caso da elevação do auxílio-saúde não chegaríamos nem ao patamar dos magistrados que é R$ 3,5 mil. Nós pedimos que fosse ajustado para R$ 2 mil. Eu acredito que falta pouco para chegar em um consenso", esclareceu.
Conforme noticiou a reportagem, os servidores do Judiciário reclamaram que a tabela salarial dos profissionais não é atualizada há 20 anos, exceto com reajustes da inflação, sem ganho real. Inicialmente, o Sinjusmat apresentou uma proposta solicitando que a remuneração fosse reajustada em 40%. Entretanto, o pedido foi negado pelo TJMT sob o argumento que a majoração poderia impactar no orçamento do Poder Judiciário.
Rosenwal contestou a justificativa afirmando que o órgão tem condições de atender o pedido, já que recentemente elaborou projetos para a criação de novos cargos comissionados.
"A gente tem se deparado com vários projetos sendo enviados para a Assembleia Legislativa para a criação de cargos dentro do Poder Judiciário. Isso demonstra que realmente tem dinheiro para conceder esse reajuste que há 20 anos os servidores vem pleiteando", acrescentou.
O presidente do Sinjusmat disse que aposta no "bom senso" da presidente da TJ , Maria Helena Póvoas, para atender a categoria e evitar uma paralisação dos servidores. "Se o Tribunal continuar resistindo, os servidores poderão cruzar os braços e deflagrar a greve. Mas eu acredito no bom senso. Eu acredito que uma mulher no poder vá conseguir resolver essa problemática de duas décadas", finalizou.