Plantão Policial

Centro de Detenção Provisória de Tangará da Serra sofre superlotação

Construída para abrigar 158 presos, no Centro de Detenção Provisória de Tangará da Serra recebe atualmente 357 reeducandos, 125% acima da ocupação recomendada. De acordo com levantamento realizado pela diretoria regional do Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindspen-MT), a superlotação da unidade acarreta outros problemas e aumenta a dificuldade para os Policiais Penais manterem a ordem.

“A função do Policial Penal não é só guardar, entregar comida e soltar os presos, e sim ressocializá-los. Contudo, é preciso deixar claro que para que isso aconteça, precisamos de um sistema que nos entregue as condições necessárias para isso”, afirma o Policial Penal Dione Glender, diretor regional da subsede do Sindspen-MT, de Tangará da Serra. Glender está à frente dos trabalhos conduzidos pelo Sindspen-MT que busca melhorar as atividades e o serviço prestado no sistema penitenciário em Tangará da Serra.
 
O levantamento tem como objetivo pautar as principais deficiências do CDP e averiguar as condições do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Tangará, na avaliação foi apontado que o principal problema da unidade é a superlotação.
 
“Hoje, o principal desafio para o policial penal que presta serviço na unidade é garantir a segurança, manter a ordem e a disciplina dentro de uma unidade, que possui mais que o dobro da sua capacidade para os reeducandos. A unidade tem uma boa estrutura, sempre é contemplada com reformas, mas a superlotação faz com que as celas fiquem escuras, sujas e com pouca ventilação”, destaca Glender.
 
De acordo com o levantamento do sindicato, a unidade recebe condenados de todos os perfis, faccionados, não faccionados, provisórios, condenados, de baixa e alta periculosidade. Além disso, detentos de diversas cidades são encaminhados para lá, de acordo com a necessidade do Estado.
 
Outro problema apontado pelo diretor é a falta de alguns equipamentos de segurança para o Policial Penal, como o armamento para cautela permanente e medidas para garantir sua segurança fora da unidade. “A cautela permanente garante que o policial penal tenha a sua arma 24 horas por dia, sem precisar realizar o processo de cautelar e desacautelar nas unidades, passando assim a responsabilidade do armamento ao agente de segurança. Hoje, os servidores sentem essa necessidade, visto que o policial penal convive sempre com organizações criminosas, facções, submetido a constantes situações de tensão”, explica.
 
Outro ponto destacado pelo diretor é a falta de placas balísticas para todos os policiais, já que o acessório dará mais segurança aos servidores. Glender atribui ainda a baixa quantidade de ocorrências mais graves à qualificação e a preparação dos policiais penais. “Graças ao efetivo qualificado, vistorias diárias, manutenção, cobrança e a aplicação dos procedimentos de forma correta não temos ocorrências como tentativa de fugas, motins, rebeliões. Porque se fosse pela quantidade de policiais, poderíamos ter problemas mais sérios”, finaliza.

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Plantão Policial

Ladrões explodem caixa eletrônico em VG

Inicialmente, os ladrões usaram um maçarico para cortar o equipamento, mas não conseguiram e usaram explosivo.    Os bandidos fugiram
Plantão Policial

Em Sorriso 66 motos são apreendidas em operação da PM

"Esta é uma determinação do comandante, tenente coronel Márcio Tadeu Firme. Até o carnaval, faremos todos os dias blitz em