O repórter José Porto e o cinegrafista Evaldo Alves dos Santos foram atropelados quando faziam uma reportagem sobre outro acidente de trânsito, na Avenida Miguel Sutil, em Cuiabá, na sexta-feira (10). Porto fraturou o braço e passou por uma cirurgia nesta segunda-feira (13). O cinegrafista teve ferimentos leves.
Os profissionais estavam finalizando uma reportagem sobre o acidente com uma ciclista quando foram atropelados por uma motocicleta.
Segundo José Porto, para mostrar a falta de sinalização no local, eles percorreram a extensão da ponte que não tem travessia adequada para pedestre e ciclistas.
O repórter, que trabalha na TV Vila Real, afiliada da Record, disse que ouviu várias pessoas na reportagem que cruzam a ponte todos os dias e encaram o risco e que já estava voltando para o carro que estava estacionado em uma via paralela.
Ele conta que só havia faixa de pedestre em uma das pistas. No entanto, conseguiram atravessar. Do outro lado, havia faixa de pedestre, eles fizeram sinal e os veículos pararam.
"Fizemos um sinal, os carros começaram a parar e a gente colocou o pé na faixa, mas percebi que vinha uma moto em alta velocidade e um carro preto. Eles acabaram se chocando e vieram para o nosso lado, nós recuamos, mas a moto nos pegou no canteiro central e nos jogou para a outra pista", relatou o repórter.
Ele contou que foi um desespero e que ficou com muito medo por terem caído do outro lado da pista.
"Não dá para confiar em faixa de pedestre, nós não confiamos, retornamos. Mesmo assim, o motociclista se chocou com o carro e nos pegou no canteiro central. É uma situação de risco que nós da imprensa acompanhamos sempre", comentou sobre o fato.
Acidente expõe falta de faixas
O Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso (Sindijor-MT) destacou que faltam faixas de pedestres em Cuiabá e que o acidente mostra a necessidade de adequação das vias, principalmente nas vias rápidas.
O Grupo Gazeta divulgou nota lamentando o acidente ocorrido com os funcionários e informou que tem prestado toda a assistência necessária às vítimas. "Desejamos a pronta recuperação dos colaboradores e que muito em breve possamos retomar a convivência com eles em nossa empresa", destacou.
A reportagem busca ouvir a Prefeitura de Cuiabá sobre o assunto.