Festejemos o sol, que ilumina os espaços,
com os raios de luz, energias vitais
que reciclam a vida, o viver e, ademais,
os caminhos sem paz, de sonhares escassos.
Festejemos o sol, os solares abraços
no cerrado, campina e, também, pantanais,
na floresta fechada e nas brenhas fatais
dos abismos da dor, dos olhares devassos.
Festejemos o sol, festejemos a oferta,
a divina oferenda, a passagem aberta,
o portal da esperança e do amor que prospera.
Festejemos o sol, festejemos o rito
do nascer, do morrer, renascer incontrito,
poesia infinita, eternal primavera.
Edir Pina de Barros é membro da Academia Brasileira de Sonetistas e da Academia Virtual de Poetas de Língua Portuguesa. Seus poemas estão disponíveis em vários livros, antologias, revistas eletrônicas e nas mídias sociais. É doutora e pós-doutora em Antropologia pela USP, professora aposentada (UFMT). Nasceu no Mato Grosso do Sul e hoje reside em Brasília.