Relatório de investigação do incidente envolvendo o Airbus A320, da Azul Linhas Aéreas, realizado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), revelou que a aeronave foi evacuada sem a ordem direta dos pilotos. Um alerta, quanto ao sistema hidráulico do avião, foi o que motivou a abortagem da decolagem.
No dia 25 de novembro, a aeronave da Azul decolava do Aeroporto Internacional Marechal Rondon, localizado em Várzea Grande, com destino ao Aeroporto de Guarulhos, São Paulo. Ao todo, estavam no avião seis tripulantes e 146 passageiros.
Conforme a investigação do Cenipa, já finalizada, durante a corrida de decolagem, o painel de alarmes da aeronave apresentou uma mensagem relacionada ao sistema hidráulico, sendo que o procedimento foi abortado, ainda em regime de baixa energia (velocidade reduzida).
Chama atenção também o fato de que, após a aeronave parar sobre a pista, foi iniciada uma evacuação sem a ordem dos pilotos. O episódio, portanto, pode tratar-se de uma histeria coletiva.
Isso também explica o fato de muitas pessoas acabarem sendo jogadas pelo vento da turbina no chão. Como os pilotos não tinham ordenado a evacuação, as turbinas da aeronave ainda estavam em funcionamento.
Uma passageira teve lesão grave, ao quebrar a perna. Alguns outros tiveram ferimentos leves, entre elas uma grávida, que foi levada por precaução ao hospital.
Em nota, a Azul Linhas Aéreas explicou que "o voo AD2751 (Cuiabá-Guarulhos) teve sua decolagem abortada após a identificação de uma pane na aeronave, tendo o comandante do voo realizado o procedimento padrão previsto para esse tipo de situação. Os Clientes evacuaram a aeronave por meio das saídas de emergência do avião".
"A Azul destaca que está prestando todo o apoio necessário aos Clientes, lamenta o ocorrido e reforça que ações como essa são necessárias para garantir a segurança de suas operações", finaliza a nota.