Segundo dados apurados e divulgados pelo Departamento de Estatística da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte Urbano, do total das infrações de trânsito registradas em Sinop de janeiro à novembro desse ano, 51,3% refere à excesso de velocidade. Desses, 89% correspondem à velocidade superior em até 20% da velocidade máxima permitida na via.
Transitar sem o uso adequado do cinto de segurança, ocupa o segundo lugar no ranking de infrações registradas no perímetro urbano da cidade, sendo responsável por 22,8% do total. O secretário da pasta, major Joubert Sacramento, destaca que os dados são preocupantes e merece uma reflexão por parte de todos os condutores, seja de motocicletas ou de automóveis.
“Os dois itens avaliados fazem parte das ações da direção defensiva estipulado pelo Código de Trânsito Brasileiro [CTB], que, na prática, estão sendo violados. Se o condutor adotar a direção defensiva como parte do seu dia a dia, teremos um trânsito mais seguro para todos, com menos incidência de acidentes e menos vítimas. Por isso, orientamos os condutores que adotem a prática de velocidade respeitando a máxima da via”, comentou.
De acordo com o CTB, a direção defensiva inclui atenção redobrada no trânsito; controle da situação observando a distância do veículo à sua frente e o que trafega atrás; manutenção de distância entre o seu e o outro veículo na pista; reduzir a velocidade ao se aproximar de rotatórias e cruzamentos; sinalizar antecipadamente a intenção de conversão; não trocar bruscamente de faixa de circulação; não frear rapidamente para fazer uma conversão e respeitar as sinalizações de trânsito (placas e demarcações na pista).
O Decreto Municipal 133/2020 determina velocidade máxima de 60 km/h para os veículos que transitam em avenidas; 50 km/h para quem trafega em ruas e 40 km/h para os circulam pela principal avenida da cidade, a Governador Júlio Campos. A velocidade dessa via, foi determinada por ter característica comercial e concentrar maior volume de pedestres, a fim de evitar possíveis acidentes.
Avançar o sinal vermelho em semáforo é o terceiro maior número de infrações flagradas, sendo responsável por 11% das identificadas pela equipe da secretaria. Outro dado apurado é que 8,6% das imprudências está relacionado ao parar sobre a faixa de pedestre, impedindo a circulação desses transeuntes. Transitar segurando o celular ou qualquer outra falta de atenção, somam 3% do total de registros. Infrações relacionadas à autorização, como não obter Carteira Nacional de Habilitação (CNH), documento veicular irregular e falta de equipamento obrigatório, são 2,9%.
“Assumimos a pasta com a determinação de trabalhar a educação e conscientização dos condutores a fim de mudar a cultura de direção em Sinop. Intensificamos as blitze de fiscalização e de orientação, bem como as palestras junto às empresas e escolas municipais. Também fizemos alguns planejamentos de alterações estruturais no trânsito, como a readequação viária no viaduto central e muito breve iniciaremos em outros pontos e também organizamos internamente a estrutura da equipe de trabalho administrativo da pasta”, expôs o gestor.
De janeiro à novembro de 2021, a Secretaria de Trânsito já realizou 116 palestras educativas, 171 blitze de fiscalização e orientação, implantação de 109.019 metros quadrados (m²) de sinalização horizontal que consiste na pintura de solo e implantação e substituição de 2.192 placas de sinalização. Pouco mais de 7,3 mil atendimentos ao público foram realizados na secretaria nesse período.
“Sinop é uma cidade bem sinalizada. Para ano que vem estamos preparando uma aquisição de alguns semáforos que serão instalados em pontos críticos de extrema necessidade, a fim de organizar melhor alguns pontos. Com essas e outras adequações, bem como a direção defensiva, poderemos ter dias melhores em nosso trânsito”, finalizou Sacramento.
É válido ressaltar que de janeiro à abril desse ano, a fiscalização eletrônica (radares) estavam em pleno funcionamento. Como já informado, que mais de 70% das infrações registradas esse ano, foram feitas pelos radares. Os equipamentos deixaram de funcionar em maio em cumprimento ao compromisso da gestão.