O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) ofereceu denúncia contra quatro pessoas pelo homicídio triplamente qualificado de Roberto Candido Mateus. Segundo o órgão, a sogra da vítima teria encomendado o crime para que a filha ficasse com os bens após o divórcio do casal. A vítima foi assassinada a tiros em outubro de 2019, em Tabaporã (643 km de Cuiabá–MT).
De acordo com a denúncia, Alzira Silverio Franceschini pagou R$ 25 mil em cheque a Leticia Jheneffer Alves Freitas e Amilson Santos Pereira para que encontrassem alguém para cometer o crime.
Após descontar o cheque, Amilson teria contratado o primo, identificado como Jader Hoffman Pereira, por R$ 15 mil para executar a vítima, recebendo R$ 5 mil adiantados e o restante após o crime. Na data do fatos, Jader dirigiu-se até a Estrada do Tatu, na zona rural do município, no trecho em que dava acesso à fazenda onde Roberto Mateus trabalhava.
Ao avistar o veículo da vítima se aproximando, Jader fez sinal para que Roberto parasse e, aproveitando-se do fato de que ambos já se conheciam, efetuou diversos disparos de arma de fogo em sua direção. A Polícia Militar recebeu denúncia anônima e, ao chegar no local, encontrou a vítima já sem vida.
No interior do automóvel, foram encontrados os documentos pessoais da vítima e R$ 90 em dinheiro.
Segundo a promotora Anízia Tojal Serra Dantas, o crime foi praticado mediante promessa de recompensa, por motivo torpe, uma vez que Alzira arquitetou a morte do genro motivada pelo desejo de que sua filha ficasse com a posse dos bens patrimoniais do ofendido após o divórcio do casal, com emprego de meio cruel, visto que a vítima foi atingida por reiterados disparos de arma de fogo, e mediante recurso que dificultou a defesa de Roberto Mateus, que foi pego de surpresa.
