Um homem suspeito de abusar sexualmente de, pelo menos, cinco crianças no município de Campo Novo do Parecis (396 km a noroeste de Cuiabá) teve o mandado de prisão temporária cumprido pela Polícia Civil, nesta sexta-feira (10), menos de 48 horas após o início das investigações.
O suspeito de 38 anos teve a ordem de prisão decretada pelo crime de estupro de vulnerável cometido contra as vítimas com idades entre 07 e 12 anos.
As investigações iniciaram após a sobrinha do suspeito, atualmente com 28 anos, procurar a Delegacia de Campo Novo do Parecis, relatando que quando tinha 07 anos de idade sofreu abusos sexuais praticados pelo tio, porém na época, a mãe e avó não acreditaram nela e não levaram o caso à Polícia.
Recentemente, a comunicante recebeu informações de que o suspeito havia assediado uma adolescente, filha de uma amiga, passando as mãos na sua perna. Em conversa com a menina, ela descobriu que o suspeito praticou abusos contra o seu filho e outras crianças da família.
Segundo os relatos, grande parte dos abusos ocorria no canavial, para onde o suspeito levava as vítimas, tirava suas roupas e praticava os atos libidinosos como sexo oral e tentativa de conjunção carnal.
Diante das suspeitas, o delegado de Campo Novo do Parecis, Honório Gonçalves dos Anjos Neto, representou pelos mandados de busca e apreensão domiciliar e prisão temporária do suspeito que foi expedido pela Justiça.
A ordem de prisão foi cumprida nesta sexta-feira (10), no local de trabalho do suspeito, em uma fazenda a cerca de 50 quilômetros de Campo Novo do Parecis. O aparelho celular do investigado foi apreendido para verificação de possíveis elementos relacionados a crime de pedofilia.
Durante o interrogatório, o suspeito optou por se manter em silêncio. Todas as vítimas foram encaminhadas para exame de corpo de delito e a Polícia Civil aguarda os resultados dos laudos.
“As investigações preliminares apontaram indícios muito fortes dos abusos praticados pelo suspeito e agora será representado pela oitiva em juízo das vítimas, que por se tratar de crianças e adolescentes, devem ser ouvidas uma única vez, acompanhadas de psicólogos, para evitar a revitimização, nos relatos do que aconteceu”, disse o delegado.