O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Antônio Galvan, realizou um protesto em frente à sede da Polícia Federal no município de Sinop (500 km de Cuiabá–MT), na manhã desta segunda-feira (23). Ele estava em cima de um trator, acompanhado de outros produtores rurais durante a manifestação.
Na última sexta-feira (20), Galvan foi alvo de um mandado de busca e apreensão domiciliar por suspeita de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes.
A ordem foi expedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do ministro Alexandre de Moraes. Além de Galvan, outras 12 pessoas – incluindo o cantor Sérgio Reis – foram alvos dos mandados nos estados de Santa Catarina, Rio de Janeiro, Ceará, Paraná, São Paulo e no Distrito Federal.
Durante o ato na manhã de hoje, o presidente da Aprosoja pediu liberdade de expressão. “Estamos buscando o direto da nossa liberdade. O direito de se expressar. É nosso direito e não podemos perder. Por nossa liberdade estamos pedindo apoio para preservar agora e dos nossos sucessores”.
Ao site Só Notícias, o presidente do Sindicato Rural de Sinop, Ilson José Redivo, defendeu Galvan e fez duras críticas à decisão da Suprema Corte de Justiça – classificando-a como ‘arbitrária’.
“Estão cerceando o direito de se expressar, ir e vir. Estão tirando a liberdade das pessoas pouco a pouco e estamos lutando contra isso. Calam a boca dos líderes e cabresteando a população. Essa história já conhecemos. Em países vizinhos temos visto isso diariamente”.
“Nosso país é pujante, de pessoas ordeiras e trabalhadoras. É um país que tem tudo para ser uma grande nação. Tem clima solo para se produzir. Não podemos que uma minoria queria se aproveitar em benefício próprio. A decisão do STF foi arbitrária e só despertou o interesse das pessoas em participarem da manifestação no dia 7 de setembro”.